Aviação apresenta a menor crescimento anual desde abril de 2010.
Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo| Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

O  governo federal acertou com as empresas de aviação para que, mesmo diante da queda na demanda do setor em razão do novo coronavírus, todos os estados tenham ao menos uma ligação aérea funcionando. Agora, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil, serão analisadas as malhas das aéreas e feitos eventuais ajustes para garantir que nenhuma região fique isolada. Nem todos os estados terão ligação entre si, mas a intenção é que cada capital tenha um elo na malha em operação. O assunto foi discutido na segunda-feira (23) em reunião entre a Anac, Ministério da Infraestrutura, Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e as aéreas Gol, Azul e Latam, que operam no mercado doméstico. Na avaliação do presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz, os esforços da Anac ajudarão a reduzir o forte ritmo de queima de caixa enfrentado pelas companhias. "Estamos queimando dezenas de milhões de reais por dia. A coordenação por parte da Anac representa um recuo organizado da demanda e queda dessa queima", disse ele, que lembrou que algumas aeronaves estão decolando com até 12 passageiros frente a uma capacidade de 180 lugares. "Cada empresa está propondo essa malha essencial. A Anac está aprovando e fazendo alguns ajustes. O princípio é garantir que todas as capitais e mais um volume de cidades essenciais tenham voos", disse. As aéreas já conseguiram permissão para reduzir a oferta de voos sem correr risco de perder os slots após uma autorização temporária concedida pela Anac.