O presidente Jair Bolsonaro ao lado do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e do Ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, durante lançamento do decreto que institui o incentivo ao uso sustentável de biogás e biometano.
O presidente Jair Bolsonaro ao lado do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e do Ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, durante lançamento do decreto que institui o incentivo ao uso sustentável de biogás e biometano.| Foto: Isac Nóbrega/PR.

O governo federal lançou nesta segunda-feira (21) medidas de incentivo à produção e ao uso sustentável do biometano e desoneração para projetos de biogás. O combustível renovável é obtido pela purificação do biogás e pode substituir os combustíveis fósseis. A iniciativa vai ao encontro dos compromissos assumidos pelo Brasil durante a 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-26), entre eles o Acordo do Metano, informou a Secretaria-Geral da Presidência da República.

O documento, assinado pelo Brasil e mais de cem países, prevê um esforço global para reduzir em 30% as emissões de metano até 2030 em relação aos níveis de 2020. O ministro de Meio Ambiente, Joaquim Leite, assinou portaria que cria o Programa Nacional de Redução de Emissões de Metano, o Metano Zero, que representará avanços na geração e no aproveitamento de biometano a partir de resíduos urbanos e rurais.

"O programa Metano Zero trata o lixo da cidade, o lixo do campo. São resíduos de aves, suínos, cana de açúcar, laticínios e aterros sanitários. Tudo isso para gerar o biogás, que gera energia, e o biometano, que gera o combustível para veículos pesados. Teremos a oportunidade de andar em caminhões, tratores e ônibus movidos a biometano, reduzindo o custo de combustível", afirmou Leite.

Já o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, assinou portaria que inclui investimentos em biometano no Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento de Infraestrutura (Reidi). A portaria isentará novos projetos da cobrança de PIS/Cofins para aquisição de máquinas, materiais de construção e equipamentos.

De acordo com o governo federal, a inserção do biometano vai proporcionar a construção de novas plantas para produção do combustível, aumentando a oferta do produto e a instalação de corredores verdes para abastecimento de veículos pesados, com impacto na redução de emissões de gases de efeito estufa.

O total de investimento previsto é superior a R$ 7 bilhões, com geração de pelo menos 6.500 empregos, na construção e operação das novas unidades. A ideia é construir 25 novas plantas em seis estados (SP, RS, SC, GO, MT, MS). Durante o evento de lançamento das medidas, o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que em pouco tempo o país poderá ter o equivalente a quatro vezes aquilo que recebe da Bolívia em gás, sem impostos.

"Se o homem do campo vai fazer algo para gerar energia, não vai pagar PIS, Cofins, tampouco o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços. Ou seja, é uma energia que, além de própria, não tem esse custo elevado na ponta da linha que temos com impostos". Com informações da Agência Brasil.