O presidente Donald Trump criticou a GM por diminuir sua força de trabalho e inativar fábricas  nos EUA
O presidente Donald Trump criticou a GM por diminuir sua força de trabalho e inativar fábricas nos EUA| Foto: AFP

A central sindical United Auto Workers (UAW) convocou os funcionários da General Motors (GM) dos Estados Unidos a entrar em greve à meia-noite do último domingo (15). A principal motivação alegada é que as negociações sobre contrato de trabalho no país chegaram a um impasse. Entre os pedidos feitos pelo sindicato está a manutenção de fábricas que devem ser fechadas e o aumento de salário dos metalúrgicos. A UAW alega que os trabalhadores deveriam receber um aumento compatível com os lucros recordes que a montadora alcançou nos últimos anos.

A greve pode custar à empresa cerca de US$ 50 milhões por dia devido à perda de produção, diz Dan Levy, analista do Credit Suisse.  Só nesta segunda-feira (16), as ações da GM caíram 3,2% nas negociações de pré-mercado. Por conta da paralisação nos EUA, é possível que também haja fechamentos de unidades no Canadá e no México por causa do alto nível de integração da produção.

Em comunicado, a GM afirmou que sua oferta aos trabalhadores da UAW incluíram mais de 7 bilhões de dólares em investimentos, 5.400 empregos e aumento de salários. O sindicato disse que a proposta ficou aquém das áreas-chave, incluindo assistência médica, uso de trabalhadores temporários e o tempo que se leva para atingir salários mais altos. Atualmente, um metalúrgico pode levar até oito anos para conseguir sair do salário inicial de US$ 20 por hora de trabalho. "Estamos lutando pelo futuro da classe média", assegura Ted Krumm, chefe do comitê de negociação do sindicato.