O ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu nesta terça-feira (12) a Proposta de Emendas à Constituição (PEC) do Benefício, que cria um estado de emergência para ampliar o pagamento de benefícios sociais, e deve ser votada nesta semana no plenário da Câmara. O projeto gera R$ 41 bilhões em despesas excepcionais, divididos entre benefícios sociais e econômicos e substitui outra PEC que previa a criação de um fundo de estabilização para o preço dos combustíveis.
“Podemos, à frente, discutir vantagens e desvantagens de ter um fundo de estabilização de preços de combustíveis. Mas não tenho a menor dúvida de que foi melhor evitarmos a PEC Kamikaze de R$ 120 bilhões naquela ocasião e trocar por um programa de transferência de renda aos mais frágeis de R$ 40 bilhões, que custa um terço. Foi um exercício de responsabilidade fiscal”, afirmou Guedes, durante sua participação em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado para tratar da política de preços do governo para os combustíveis. “Eu acredito que temos um presidente popular, não acredito que temos um presidente populista. O presidente tem dado apoio exatamente às medidas que são fisicamente consequentes e responsáveis”, afirmou o ministro.
Guedes lembrou que a proposta do fundo de estabilização chegou a ser defendida por integrantes do governo no ano passado, mas ressaltou que, se tivesse sido aprovada, haveria impacto inflacionário ainda maior para a população. O ministro criticou a concessão de subsídios para reduzir os preços dos combustíveis e afirmou que a estratégia do governo em reduzir os impostos federais e estaduais foi a mais acertada para o momento. “Nós não poderíamos, mesmo antes da guerra (na Ucrânia), mesmo sem qualquer estado de emergência, comprometer cerca de R$ 150 bi até este ano sob a forma de subsídios”, destacou.