O ministro da Economia, Paulo Guedes: pacto federativo é a nova prioridade do governo.
O ministro da Economia, Paulo Guedes| Foto: Marcos Correa /PR

O Ministério da Economia enviou nesta quinta-feira (16) um ofício ao Congresso pedindo uma reserva de despesas primárias de R$ 2,5 bilhões para reajustes nos salários de servidores. O documento assinado pelo ministro Paulo Guedes foi encaminhado ao relator-geral do Orçamento, deputado Hugo Motta (PSD-RJ), e à presidente da Comissão Mista de Orçamento, senadora Rose de Freitas (MDB-ES).

O ofício não especifica para quais categorias os recursos serão direcionados. No entanto, o valor coincide com o estimado para garantir um aumento salarial para as forças de segurança federais. O Ministério da Justiça estima que o reajuste salarial prometido pelo presidente Jair Bolsonaro para a categoria pode custar R$ 2,81 bilhões em 2022. O impacto em três anos, entre 2022 e 2024, deve chegar a R$ 11,1 bilhões.

Segundo os dados da Justiça, o impacto será de R$ 2,81 bilhões em 2022; R$ 4,13 bilhões em 2023; e R$ 4,16 bilhões em 2024. O reajuste atingirá agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Federal (PF) e do Departamento Penitenciário Nacional (Depen).

O Orçamento de 2022 será votado na próxima semana pelos parlamentares. A expectativa é que Motta apresente o relatório no próximo domingo (19), segundo o Valor Econômico. O deputado deve decidir se aceita ou não o pedido da equipe econômica. O documento ainda prevê R$ 355 milhões de reserva "financeira", valor também relacionado aos reajustes.