Gasolina acumula altas de 38,29% no ano e de 42,72% nos últimos 12 meses.
Gasolina acumula altas de 38,29% no ano e de 42,72% nos últimos 12 meses.| Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial no país, teve uma alta de 0,09 ponto percentual em outubro, chegando a 1,25%, maior variação para um mês de outubro desde 2002. Nos últimos 12 meses a alta chegou a 10,67%, o maior índice desde janeiro de 2016 (10,71%), segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (10).

Segundo o órgão, todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em outubro. O maior impacto individual foi causado pelo preço da gasolina, com alta de 3,10% no período. Foi a sexta elevação consecutiva nos preços do combustível, que acumula altas de 38,29% no ano e de 42,72% nos últimos 12 meses. Além disso, os preços do óleo diesel (5,77%), do etanol (3,54%) e do gás veicular (0,84%) também subiram.

No grupo alimentação e bebidas, a alta de 1,32% na alimentação no domicílio deve-se, especialmente, ao tomate (26,01%) e à batata-inglesa (16,01%). Outras altas importantes no grupo vieram do café moído (4,57%), do frango em pedaços (4,34%), do queijo (3,06%) e do frango inteiro (2,80%). No lado das quedas, houve recuo nos preços do açaí (-8,64%), do leite longa vida (-1,71%) e do arroz (-1,42%).

A alta do grupo habitação (1,04%) foi influenciada mais uma vez pela energia elétrica (1,16%), embora a variação do item tenha sido menor que a de setembro (6,47%). Em outubro, foi mantida a bandeira de escassez hídrica, que acrescenta R$ 14,20 na conta de luz a cada 100 kWh consumidos.