Avião da Itapemirim, que iniciou atividades em junho
Na notificação, a Itapemirim foi questionada sobre quais motivos levaram a companhia a adotar a suspensão temporária dos voos.| Foto: Divulgação

O Programa de Proteção e Defesa do Consumidor de São Paulo (Procon-SP) notificou a Itapemirim Transportes Aéreos nesta segunda-feira (20) pedindo explicações da empresa sobre a suspensão de voos por tempo indeterminado no país, problema que afetou milhares de passageiros com viagens previstas nos próximos dias. Segundo o órgão de proteção, a companhia pode ser multada em até R$ 11 milhões.

“Não se trata de cancelamento de voo por motivo de força maior, como, por exemplo, em decorrência das condições climáticas. Neste caso, é intrigante que uma empresa que acabou de ser aberta feche suas portas e prejudique tantos passageiros. Precisamos entender por qual motivo foi autorizado o funcionamento e, em seguida, a companhia suspende as operações sem dar nenhuma satisfação aos seus clientes”, afirmou Fernando Capez, diretor executivo do Procon-SP. O caso deverá ser acompanhado também pela Procuradoria-Geral do Estado.

Na notificação, a Itapemirim foi questionada sobre quais motivos levaram a companhia a adotar a suspensão temporária, quais serviços foram afetados e por quanto tempo ficarão suspensos, além de quantos passageiros foram prejudicados. A empresa também deverá detalhar a quantidade de passagens comercializadas e ainda não utilizadas, os destinos e rotas envolvidas. A Itapemirim deverá explicar ainda se efetuou comunicação individualizada aos passageiros afetados, como se deu essa comunicação; quais canais de comunicação foram disponibilizados para atendimento dos consumidores e qual o plano de ação adotado para manutenção da assistência garantida pela legislação. A empresa tem 24 horas a contar de hoje para prestar os esclarecimentos.