Livrarias Saraiva
Saraiva estão em processo de recuperação judicial| Foto: Divulgação

A 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo decidiu que a rede de livrarias Saraiva terá que devolver metade dos livros que estão no seu estoque central, em Cajamar (SP), e nas lojas físicas a 21 editoras que pediram de volta os produtos, consignados, que estão em posse da empresa. De acordo com a Folha de S.Paulo, a Saraiva argumentou que a medida impediria o funcionamento da companhia, pois esses exemplares são 75% dos estoques. Na decisão, o juiz Paulo Furtado escreveu que "não se está levando a Saraiva a uma situação falimentar, mas sim impedindo que as editoras também sejam arrastadas à falência". O juiz também reconheceu a grave situação e deu 60 dias para que a rede reconstrua seu plano de recuperação judicial após a Saraiva informar que não teria como honrar em decorrência da crise do coronavírus. As livrarias da empresa, que representam 89% do faturamento, estão fechadas desde o início da pandemia. A empresa pediu recuperação judicial em novembro de 2018.