Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.
Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.| Foto: Tripe/MME

O Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, realizou pronunciamento em rede nacional de rádio e tevê na noite desta terça-feira (31) e utilizou tom de maior preocupação ao comentar a crise hídrica, além de fazer chamamento à redução no consumo de energia. Em sua fala, Albuquerque admitiu que "a condição hidroenergética se agravou", corroborando dados já conhecidos do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) que, na última semana, apontou piora no cenário brasileiro, resultando em perda de geração.

O ministro destacou que o governo federal vem tomando medidas extraordinárias para garantir a compensação dessa oferta, mas que "como todos os recursos mais baratos já estavam sendo utilizados, essa eletricidade adicional, proveniente de geração termelétrica e importação de energia, custará mais caro". Apesar de abordar a alta no custo, o ministro não falou sobre a criação da nova bandeira tarifária para arcar com o encarecimento e passou a pedir um "esforço inadiável de redução do consumo", para aumentar a segurança energética do país e afastar o risco de falta de energia no horário de pico.

Albuquerque citou, sem detalhá-los, o programa de redução de demanda para a indústria e o decreto que prevê racionamento compulsório no serviço público. Afirmou, ainda, que "os consumidores que aderirem a esse chamado e economizarem energia serão recompensados e poderão ter redução na sua conta de luz", em alusão ao programa voltado aos consumidores de pequeno porte divulgado nesta terça-feira, mas não explicou as regras da medida, que se estenderá de setembro a dezembro.

Segundo Bento Albuquerque, a conjuntura é desafiadora, mas "será tão mais favorável quanto mais rápida, intensa e abrangente for a mobilização da sociedade para enfrentá-la" e lembrou ainda que será necessário tempo para a recuperação dos reservatórios, ao pedir uso consciente também da água. Previsões do ONS são de que a reservação nas principais bacias do sistema pode chegar ao final do ano com apenas 8% da capacidade.