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Logomarca da chinesa Huawei: EUA pressionam Brasil a banir empresa chinesa do leilão de infraestrutura para a tecnologia 5G.| Foto: Stefan Wermuth/AFP

O vice-presidente Hamilton Mourão reconheceu nesta segunda-feira (7) que, se a chinesa Huawei não puder fornecer equipamentos para o 5G no Brasil, o custo da tecnologia no país será muito mais elevado. "Hoje, 40% da infraestrutura que nós temos de 3G e 4G é da Huawei. Se a Huawei não puder fornecer o equipamento (de 5G), vai custar muito mais caro", afirmou, durante palestra na Associação Comercial de São Paulo (ACSP). "Se desmantelar equipamentos (do 5G), quem vai pagar a conta somos nós, consumidores", completou.

Mourão disse que o leilão do 5G é de frequências e que as "teles já estabelecidas aqui vão disputar o leilão". Segundo ele, na infraestrutura, das cinco maiores empresas, duas são chinesas. "A empresa que comprovar respeito à soberania, privacidade e economicidade pode ser contratada", emendou. Apesar da fala do vice-presidente, o leilão do 5G no Brasil é alvo de pressões internacionais, envolvendo a disputa entre o governo americano e a empresa chinesa Huawei. A organização é líder no desenvolvimento do 5G, mas é acusada de fazer espionagem e trabalhar com o governo chinês.

Recentemente, as principais teles do País cobraram transparência nas decisões do governo a respeito da tecnologia. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) estima que a empresa chinesa esteja em algo entre 35% a 40% das redes brasileiras atualmente em operação. As operadoras, no entanto, afirmam que essa fatia é ainda maior, de 45% a 65% entre as maiores, e de até 100% dependendo da região.