TCU
Sede do TCU, em Brasília.| Foto: Divulgação

O subprocurador-geral do Tribunal de Contas da União (TCU), Lucas Furtado, acionou o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, para prestar esclarecimentos sobre a ameaça de saída da entidade feita pelo Banco do Brasil e pela Caixa Econômica Federal. No ofício, Furtado cita a “politização dos bancos”. A informação foi divulgada pelo Estadão.

O BB e a Caixa anunciaram nesta segunda-feira (30) que pretendem deixar Febraban se a entidade aderir ao manifesto para pedir harmonia dos Três Poderes para o país poder voltar a crescer. A publicação do texto foi adiada. "Ao se confirmar a notícia, haveria risco ao sistema financeiro brasileiro advindo de possível politização dos bancos, privados e públicos", afirma Furtado.

O manifesto foi articulado pela Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) e contou com a participação de outras entidades do campo econômico. O documento não citaria o presidente Jair Bolsonaro, mas os bancos públicos estariam considerando que o texto apresenta “tom político contrário ao governo”.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, chegou a dizer que recebeu a informação de que o manifesto iria elevar o tom e fazer ataques ao governo federal. Mais tarde, a Febraban negou que tenha participado da elaboração de texto com ataques ao governo.