As palestrantes Silvana Kumura (ao microfone) e Débora Marcondes. Ao fundo, o mediador Almir Meinerz
As palestrantes Silvana Kumura (ao microfone) e Débora Marcondes. Ao fundo, o mediador Almir Meinerz| Foto: Gazeta do Povo

Em tempos em que o uso de tecnologia 4.0 é tido como um dos principais potencializadores para o agronegócio, estima-se que apenas 6% a 9% da agricultura brasileira tenha algum tipo de conectividade. A necessidade de investimento no setor de inovação foi o principal ponto trazido por Silvana Kumura, coordenadora de serviços tecnológicos do Senai, durante sua palestra no 7º Fórum de Agricultura da América do Sul. “O Brasil pode chegar a um crescimento de 20% na produção agropecuária nos próximos 10 anos somente pela inovação”, garantiu.

Silvana explicou que o uso de tecnologia 4.0 visa ganhos em produtividade, eficiência, retorno financeiro e competitividade. “Precisamos adotar o que nos torna mais inteligentes. O que traz maior produtividade por meio de decisões mais ágeis e assertivas, dados em tempo real, conexões em todas as dimensões, um ambiente mais fértil para inovar”, sugeriu. A coordenadora do Senai disse, ainda, que o país conta com 90 mil torres de conexão na área urbana. O número é muito menor do que o apresentado em países como os Estados Unidos, com 500 mil, e China, com 2 milhões.

Durante o Fórum, a agricultura digital também foi pauta da fala de Débora Marcondes Pereira, da Embrapa Instrumentação, que destacou a importância das startups no ambiente de inserção tecnológica no campo. “É uma nova revolução verde, mas não está vindo por meio de grandes corporações, ela está acontecendo pelas startups”. Débora ainda chamou atenção para a relevância de se valorizar a pesquisa no Brasil: “A ciência é a base de todo o desenvolvimento. É preciso incentivar isso no país. Inovação não é moda, é questão de sobrevivência”.