Os setores mais formais não registraram avanço significativo nas contratações com carteira assinada
Os setores mais formais não registraram avanço significativo nas contratações com carteira assinada| Foto: André Rodrigues/Gazeta do Povo

A proporção de trabalhadores ocupados contribuindo para a Previdência Social caiu a 62,4% no trimestre encerrado em agosto. Trata-se do menor patamar desde 2012, segundo dados da Pnad Contínua divulgados pelo IBGE. Embora o país tenha atingido no trimestre encerrado em agosto o maior contingente de pessoas trabalhando (93,631 milhões de brasileiros), o mercado de trabalho registrou também um nível recorde de informalidade: 38,763 milhões de trabalhadores.

A informalidade inclui os empregados do setor privado sem carteira assinada, os trabalhadores domésticos sem carteira assinada, os trabalhadores por conta própria sem CNPJ, os empregadores sem CNPJ e o trabalhador familiar auxiliar. Segundo Adriana Beringuy, analista do IBGE, mesmo os setores mais formais não registraram avanço significativo nas contratações com carteira assinada.

Na indústria e na construção, por exemplo, houve aumento no trabalho por conta própria no trimestre encerrado em agosto. "A informalidade cresce porque você não tem dentro do mercado de trabalho reação de postos de empregados com carteira (assinada)" afirmou Adriana.