Os senadores dos partidos de oposição pretendem segurar a análise do projeto da nova regra fiscal em regime de urgência após a votação na Câmara dos Deputados. O texto deve ir ao plenário da casa nesta terça (23) ou quarta (24), com expectativa de aprovação, e depois ser encaminhado para análise do Senado.
No entanto, diferentemente da Câmara, o senador Jorge Seif (PL-SC) diz que os partidos da oposição devem barrar a apreciação acelerada do texto para seguir o rito tradicional de análise nas comissões temáticas, como de Assuntos Econômicos (CAE) e de Constituição e Justiça (CCJ).
“Nós não estamos aqui para sabotar o Brasil, mas a questão do arcabouço fiscal refere-se à vida de cada um de nós. Então, neste quesito, eu não posso e não vou conceber, não vou votar, não podemos tramitar isso de forma acelerada. Seria um desrespeito especialmente com as comissões que discutem, que analisam, que podem trazer contribuições e eventuais excessos por parte do governo federal”, disse.
A afirmação foi dada pouco depois do líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), apresentar um pedido de urgência para a votação mais rápida do novo regime fiscal assim que for aprovado pela Câmara. Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse que vai discutir com os líderes partidários o calendário de votação da regra fiscal quando receber o projeto.