Roberto Campos Neto
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, avaliou que a retirada do auxílio emergencial pode ter um impacto maior do que o que era esperado anteriormente.| Foto: Raphael Ribeiro/BCB

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, repetiu nesta quinta-feira (11), o alerta de que uma nova onda de programas emergenciais precisa ter uma contrapartida fiscal. "Um pacote que leve a uma deterioração da situação fiscal pode levar a um desalinhamento de preços que pode afastar investimentos. Então pode ocorrer o resultado contrário, de contração da economia", reiterou, durante palestra em evento promovido pelo JP Morgan.

Campos Neto afirmou que é preciso reduzir o risco fiscal com a aprovação de reformas. "Estamos comunicando de todos os jeitos que podemos que o fiscal é muito importante e que medidas que melhorem a situação fiscal terão impactos nas nossas decisões", acrescentou.

O presidente do Banco Central avaliou que a retirada do auxílio emergencial pode ter um impacto maior do que o que era esperado anteriormente, mas considerou ainda ser cedo para medir esses efeitos. "Em termos de atividade econômica, há sinais claros de desaceleração na margem. Teremos um resultado abaixo do que era esperado no primeiro trimestre do ano. Continuamos com muita incerteza, não sabemos como a mobilidade está atuando. Os dados das próximas semanas nos darão a dimensão dessa desaceleração", afirmou.