O preço da gasolina do Brasil, que na semana passada tinha potencial de queda de 5%, agora está equiparado ao do mercado internacional, estima a Ativa Investimentos.
O preço da gasolina do Brasil, que na semana passada tinha potencial de queda de 5%, agora está equiparado ao do mercado internacional, estima a Ativa Investimentos.| Foto: Jonathan Campos/Arquivo/Gazeta do Povo

O preço médio da gasolina no Brasil está alinhado ao mercado internacional, segundo estimativa da Ativa Investimentos feita a pedido da Gazeta do Povo. Os modelos da corretora, rodados na manhã desta terça-feira (7), apontaram que não há defasagem no preço doméstico em relação ao exterior.

As condições mudaram desde quinta-feira (2), quando a Ativa havia identificado um potencial de queda de 5% no preço da gasolina no Brasil. Esse espaço estava relacionado à queda das cotações do petróleo no mercado internacional nos dias anteriores, provocada principalmente pelos temores em relação à variante ômicron do coronavírus.

Os preços do petróleo tipo Brent, que ficaram acima de US$ 82 por barril entre os dias 23 e 25 de novembro, caíram para a casa dos US$ 69 nos primeiros dias de dezembro.

De lá para cá, porém, as cotações voltaram a subir graças à percepção de que a ômicron seria menos severa que o esperado anteriormente, e também pela notícia de que a Arábia Saudita elevou os preços do óleo para clientes na Ásia e nos Estados Unidos. Com isso, o barril chegou a superar a marca de US$ 75 na manhã desta terça.

A Ativa esclarece que a existência ou não de defasagem nos preços domésticos pode variar muito de um momento para o outro, a depender – por exemplo – das cotações do petróleo lá fora e do câmbio aqui no Brasil.

No domingo (5), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que a Petrobras anunciaria a redução dos preços dos combustíveis nos próximos dias. Na segunda-feira (6), a petroleira afirmou que os ajustes de preço "são realizados no curso normal de seus negócios" e que não antecipa suas decisões. Mesmo assim, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) decidiu abrir processo administrativo contra a companhia para investigar se houve vazamento de informações.

Também na segunda-feira, Bolsonaro negou ter informação privilegiada e disse que sua declaração estava baseada na queda dos preços do petróleo no exterior. "Precisa ter bola de cristal para saber que tem que diminuir o preço da gasolina, caindo o [petróleo] Brent? Caiu acho que US$ 10", disse a apoiadores.