O ministro da Economia, Paulo Guedes, diz estar "bastante frustrado" com a dificuldade em fazer andar as privatizações de estatais.
O ministro da Economia, Paulo Guedes.| Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que a renovação de programas para combater efeitos socioeconômicos, entre os quais o Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEm) e o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), deve custar de 0,5% a 1% do Produto Interno Bruto (PIB). O ministro não descartou a possibilidade de editar créditos extraordinários para bancar os dois programas.

Os números ainda não estão fechados, mas, nas discussões, o governo prevê gastar entre R$ 8 bilhões a R$ 10 bilhões com o BEm e cerca de R$ 4 bilhões com o Pronampe. "Isso não vai derrubar o Brasil", disse ele, em evento virtual Brazil Investment Forum, organizado pelo Bradesco BBI.

Segundo ele, o governo vai enfrentar o que considerou um "problema lateral", que é "renovar programas importantes e preservar áreas críticas" do Orçamento. Guedes reafirmou que a economia brasileira está de pé e que o país está na "cauda da pandemia", e que a discussão agora diz respeito ao ritmo de crescimento. "Estamos em período de vácuo jurídico, desenhamos um protocolo para calamidades e crises futuras", afirmou ele, em referência aos gatilhos da PEC Emergencial que pretendem limitar o crescimento das despesas da União, Estados e municípios.