Sede do Banco Central, em Brasília.
Segundo o BC, essa foi a maior retirada líquida para o mês, na série histórica iniciada em 1995.| Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O Banco Central (BC) informou nesta segunda-feira (6) que as retiradas da caderneta de poupança superaram os depósitos em R$ 12,377 bilhões, em novembro. Essa foi a maior retirada líquida para o mês, na série histórica iniciada em 1995. No mês passado, os depósitos chegaram a R$ 281,713 bilhões e os saques a R$ 294,09 bilhões. Em novembro de 2020, houve mais depósitos do que saques, com saldo positivo de R$ 1,479 bilhão.

De janeiro a novembro, foi registrada a retirada líquida de R$ 43,157 bilhões. Em 2020, a poupança captou R$ 166,31 bilhões em recursos, o maior valor anual da série histórica, por influência dos depósitos do auxílio emergencial e o aumento do interesse pelo investimento, em meio à crise gerada pela pandemia de Covid-19.

O investimento rendeu 0,44% em novembro, segundo o BC. O rendimento ficou abaixo da previsão da inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que chegou a 1,17%, no mês passado. De acordo com a legislação atual, a remuneração dos depósitos de poupança é composta pela Taxa Referencial, que está em zero, mais 70% da taxa básica de juros, a Selic. Essa regra vale enquanto a taxa Selic for igual ou inferior a 8,5%. Atualmente, a taxa está em 7,75% ao ano.

Com a taxa básica de juros acima de 8,5% ao ano, a poupança rende a TR mais 0,5% ao mês. De acordo com a expectativa do mercado financeiro, a Selic deve subir para 9,25% ao ano, na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, responsável por definir a taxa, nesta semana. Com informações da Agência Brasil.