Praça dos Três Poderes e Esplanada dos Ministérios, em Brasília
Praça dos Três Poderes e Esplanada dos Ministérios, em Brasília: servidores programam protesto para o próximo dia 2 de fevereiro.| Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Em reivindicação à reposição das perdas inflacionárias e contra a promessa do presidente Jair Bolsonaro de reajustar salários das forças de segurança, apenas, servidores públicos federais programam novas paralisações para o próximo dia 27 de janeiro e 2 de fevereiro, segundo o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas (Fonacate), responsável pela articulação dos protestos. Inicialmente, eram esperados atos para os dias 25 e 26 de janeiro, mas segundo o fórum, a realização de protestos ficará a cargo de cada categoria.

No dia 27, os servidores devem paralisar suas atividades e se reunir apenas virtualmente. O ato será aberto a todos os servidores públicos e contará com debate de especialistas no âmbito orçamentário, fiscal, econômico e jurídico, segundo o Fonacate. Os detalhes da mobilização virtual ainda não foram divulgados.

Em 2 de fevereiro, data em que STF e Legislativo voltam ao trabalho presencial, os servidores pretendem protestar na Praça dos Três Poderes, em Brasília. "A orientação é de que os funcionários paralisem suas atividades para acompanhar os atos”, afirma Rudinei Marques, presidente do fórum.

"No dia 2 de fevereiro, as entidades do Fonacate, que participam da campanha salarial, devem unir forças a um ato público presencial que está sendo organizado pela Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e MPU – Fenajufe. Até lá, cada entidade de classe deverá mobilizar suas próprias bases, promover protestos nos locais de trabalho, organizar listas de entregas de cargos, e cobrar dos titulares de cada pasta ações concretas em defesa das respectivas categorias", informou o fórum.

Enquanto isso, os servidores também estão realizando a chamada "operação-padrão", conhecida como "operação-tartaruga" - trata-se da realização dos serviços seguindo os procedimentos operacionais padrão com rigor excessivo. Alguns trabalhadores também entregaram seus cargos comissionados, e outros deverão pedir exoneração se as conversas com o governo não avançarem.