Sede do Banco Central, em Brasília.
No Governo Central houve déficit de R$ 7,8 bi. Os governos regionais e as estatais registraram superávits de R$ 11,9 bi e R$ 242 milhões, respectivamente.| Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O setor público consolidado registrou um superávit primário de R$ 4,3 bilhões em março de 2022, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (16) pelo Banco Central. Em março de 2021 o superávit foi de R$ 5 bilhões. De acordo com o relatório de estatísticas fiscais, no Governo Central (formado pela Previdência, Tesouro e Banco Central) houve déficit de R$ 7,8 bilhões, enquanto os governos regionais e as empresas estatais registraram, na ordem, superávits de R$ 11,9 bilhões e R$ 242 milhões no mês. Ainda segundo o BC, nos doze meses encerrados em março, o superávit primário do setor público consolidado atingiu R$ 122,8 bilhões, equivalente a 1,37% do PIB.

“Os juros nominais do setor público consolidado, apropriados por competência, somaram R$ 30,8 bilhões em março de 2022, comparados a R$ 49,5 bilhões em março de 2021. Contribuiu para a redução o resultado das operações de swap cambial (perda de R$ 16,6 bilhões em março de 2021 e ganho de R$ 40,3 bilhões em março de 2022), mais do que compensando os aumentos da taxa Selic e do IPCA no período. No acumulado em doze meses até março, os juros nominais somam R$ 403,8 bilhões (4,52% do PIB), comparativamente a R$ 309,9 bilhões (4,03% do PIB) nos doze meses até março de 2021”, diz o Banco Central no documento.

Já o resultado nominal do setor público consolidado, que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados, teve um déficit de R$ 26,5 bilhões em março. No acumulado dos últimos doze meses, o déficit nominal alcançou R$ 281,1 bilhões (3,15% do PIB), caindo 0,24% em comparação ao déficit acumulado até fevereiro de 2022.