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A Câmara dos Representantes dos EUA aprovou no início da madrugada desta quinta-feira (11) - horário de Brasília -o pacote de US$ 14 bilhões de ajuda ao setor automobilístico, mas a aprovação das medidas no Senado ainda é incerta. Os deputados aprovaram o pacote por 237 votos a 170, com uma abstenção. A maioria dos republicanos se opôs ao projeto, enquanto uma grande maioria dos democratas votou a favor. Vinte republicanos também votaram a favor da proposta, juntando-se a 205 democratas.

O Senado deve votar o pacote nesta sexta-feira, mas, se democratas e republicanos chegarem a um acordo, a votação pode acontecer antes. Líderes democratas têm avisado que estão dispostos a trabalhar no final de semana, se necessário. Assessores do líder da maioria no Senado, o democrata Harry Reid sugeriram na noite desta quarta-feira que os republicanos possam votar separadamente sobre as emendas ao projeto, de forma que os senadores consigam manifestar suas objeções a determinados artigos do texto.

Na terça-feira á noite, os congressistas democratas e o governo Bush chegaram a um acordo sobre o socorro às montadoras. Ao longo da quarta-feira, porém, vários senadores republicanos e pelo menos um democrata afirmaram que tentariam impedir a aprovação do projeto. A porta-voz da Casa Branca, Dana Perino, disse que muitos congressistas democratas e republicanos concordam que a falência desordenada das montadoras poderia ser fatal para a indústria automobilística e teria um impacto devastador sobre toda a economia.

"Pretendemos continuar a trabalhar num caminho bipartidário nos próximos dias para chegar a uma lei que levará a montadoras viáveis e reestruturadas, ao mesmo tempo protegendo os interesses dos contribuintes", afirmou Perino, num comunicado. Esse pacto, no entanto, não conta com o apoio da maioria dos 49 senadores republicanos, que não estavam representados nas negociações sobre os detalhes do projeto.

A proposta prevê a concessão de empréstimos-ponte de emergência e a baixo custo para duas das chamadas Três Grandes montadoras dos EUA - General Motors (GM) e Chrysler. A terceira grande montadora, a Ford, não está solicitando empréstimo, mas apóia as outras duas. Em troca da ajuda financeira, as companhias serão obrigadas a apresentar um plano de reestruturação até o final de março de 2009. A lei também cria um "czar dos carros", encarregado de supervisionar a reestruturação das empresas.

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