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O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, participou de almoço da Câmara de Comércio França-Brasil nesta sexta e disse que o BC está pronto para intervir no câmbio, se necessário | Marcelo Camargo / Agência Brasil
O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, participou de almoço da Câmara de Comércio França-Brasil nesta sexta e disse que o BC está pronto para intervir no câmbio, se necessário| Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

Dólar fecha o dia estável

O dólar encerrou estável frente ao real nesta sexta-feira (22), acima de R$ 2, em um pregão com baixa liquidez. Com isso, a luz amarela entre os investidores continuou acesa, sob a expectativa de que a autoridade monetária possa entrar no mercado em breve.

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O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou nesta sexta-feira (22) que o câmbio é flexível e responde a choques, destacando que o BC está sempre pronto para entrar no mercado.

Segundo ele, a entidade monetária atuará para não deixar que o câmbio seja um empecilho para a economia. Tombini falou em evento da Câmara de Comércio França-Brasil, em São Paulo.

Tombini afirmou ainda que transformações ocorridas na economia brasileira nos últimos dez anos explicam a combinação atípica de crescimento baixo e desemprego em queda. A primeira mudança citada por Tombini é a menor participação de jovens com idade entre 18 e 24 anos no mercado de trabalho. "Estão estudando mais", disse, atribuindo esse comportamento ao aumento de vagas e ampliação do crédito educacional. "Com a ampliação da renda, os pais tiveram condição de reter seus filhos -jovens adultos, estudando- em vez de ir para o mercado de trabalho".

Se o mesmo número de jovens continuasse entrando no mercado, disse o presidente do BC, a taxa de desemprego hoje estaria em torno de 6,3%, e não 5,5% como agora.Outra questão citada por ele foi o crescimento do setor de serviços, na esteira da ascensão da classe média. "O setor de serviços tem crescido mais do que média da economia por vários anos", disse. "Essa nova estrutura da economia brasileira faz com que a taxa de desemprego seja menor. Se tivéssemos a mesma estrutura produtiva de dez anos atrás, a taxa [de desemprego] não seria 5,5%, seria 6,5%".

A conjuntura também foi observada pelo presidente do BC. Segundo Tombini, na retomada da economia em 2009 muitas empresas tiveram perdas recontratando funcionários que haviam sido demitidos durante o auge da crise internacional. Dessa vez, diz ele, prevendo uma retomada do crescimento, os empresários estão evitando fazer demissões. "Você continua retendo mão de obra, ainda que a utilize um pouco menos com a desaceleração da economia".

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