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Hotel das Cataratas, em Foz: ocupação média na cidade deve ficar em torno de 90%. Parque Nacional do Iguaçu espera 25 mil visitantes | Cristhian Rizzi / Gazeta do Povo
Hotel das Cataratas, em Foz: ocupação média na cidade deve ficar em torno de 90%. Parque Nacional do Iguaçu espera 25 mil visitantes| Foto: Cristhian Rizzi / Gazeta do Povo

Curitiba vira refúgio dos anticarnavalescos

Em Curitiba, carnaval significa tempo de tranquilidade tanto para os moradores quanto para a rede hoteleira. Ao longo do feriado, a taxa de ocupação dos hotéis costuma ser inferior à registrada em um dia de semana normal, por exemplo.

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  • Confira opções de hotéis e pousadas para o feriado de carnaval no interior do PR

Foz do Iguaçu e Ponta Grossa - Longe dos grandes centros de desfiles carnavalescos, as principais cidades do interior do estado atraem turistas em busca de descanso, contato com a natureza, aventura, privacidade, ou mesmo um carnaval mais caseiro e familiar. Hotéis e pousadas de Foz do Iguaçu, no Oeste do estado, e Ponta Grossa, nos Campos Gerais, devem comemorar o feriado com ocupação média próxima de 90%. Em alguns casos, as reservas foram confirmadas e as vagas esgotadas ainda no fim do ano passado, resultado do aquecimento do setor, movimentado principalmente pelo crescimento da classe C.

Para quem prefere descansar, os hotéis de luxo de Foz do Iguaçu, no Oeste do estado, oferecem a comodidade dos resorts de nível internacional, os atrativos naturais – encabeçados pelas Cataratas do Iguaçu – e a localização privilegiada da fronteira. O turismo de compras no Paraguai e os cassinos, casas de vinho e restaurantes na Argen­tina funcionam como chamariz para brasileiros e estrangeiros. Reflexo da melhora da economia, a procura pela região também ganhou força com o aumento da oferta de voos. Somente o Parque Nacional do Iguaçu espera receber no período 25 mil visitantes.

Folia em Tibagi

Nos Campos Gerais, o turista que busca os atrativos naturais não deixa a folia de lado. Nos hotéis, pousadas e áreas de camping, a maioria das vagas foi preenchida ainda em dezembro. O carnaval de rua de Tibagi, a 93 quilômetros de Ponta Grossa, é o principal responsável pela lotação. De acordo com o gerente do Hotel Itagy, Rodrigo Banks, esse fenômeno se repete há pelo menos três anos. "O que estiver disponível se esgota em pouco tempo", observa, lembrando que os 79 leitos de luxo do hotel já estão reservados.

O bom movimento se repete na pousada Formigas da Figueira. A proprietária, Eloina Soares da Silva, disse que as últimas das 73 vagas foram reservadas ainda no começo de fevereiro. "Só estou com um apartamento vago porque houve uma desistência", conta. Com hóspedes que procuram o estabelecimento para apreciar o desfile das escolas de samba, que passam bem na frente da pousada, Eloina lembra que os primeiros pacotes também foram fechados em dezembro. Durante o feriado, a população de Tibagi, de cerca de 19 mil habitantes, deve se aproximar de 80 mil.

Longe da folia

A Pousada do Canyon Guartelá, em Castro, só tem lugares disponíveis na área de camping e costuma ser mais procurada por quem quer distância da batucada. Ela está no entorno do cânion e tem como forte os esportes radicais, como o rafting. Mais procurada para os feriados prolongados e para as festas de fim de ano, a pousada recebe em grande parte turistas de Curitiba, do Norte Pioneiro e dos estados de São Paulo e de Minas Gerais.

Em Londrina, a previsão para o feriado é de aumento de até 12% na procura pelos estabelecimentos, o que corresponde a cerca de 10 mil turistas na cidade. Apesar da boa expectativa, o setor ainda não é um grande impulsionador da economia da região. Segundo o vice-presidente do Sindicato dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares, Alzir Bocchi, esse período é caracterizado por um "turismo familiar". "As pessoas aproveitam a época para visitar os parentes. Isso incrementa um pouco o setor, mas não expressa um grande aumento", ressalta.

Buscando um novo filão de mercado, Bocchi defende a criação de atrativos para que os turistas procurem a cidade atraídos pelos eventos carnavalescos locais. "Os bailes nos clubes acabaram e não temos mais o desfile das escolas de samba. Seria necessário que a administração voltasse a incrementar o carnaval", argumenta. Já para o diretor de Turismo do Instituto de Desen­volvimento de Londrina (Idel), Cristiano Feijó, por causa da falta de tradição carnavalesca da cidade, criar uma festa com apelo turístico demandaria altos investimentos.

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