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O Quantum tem apoio financeiro da Positivo Informática. | Antônio More/Gazeta do Povo
O Quantum tem apoio financeiro da Positivo Informática.| Foto: Antônio More/Gazeta do Povo

Criada em solo curitibano, a nova marca de dispositivos móveis Quantum tem uma missão difícil pela frente: conquistar a atenção dos consumidores no concorrido mercado brasileiro de celulares, dominado por marcas estrangeiras. Lançado há pouco mais de 20 dias, o Quantum Go, primeiro aparelho da marca, tem recebido reviews positivos da mídia especializada e começa a chegar a “pontos de degustação” nas grandes cidades.

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Em Curitiba, um stand no Shopping Mueller permite que o cliente coloque a mão no celular e tire dúvidas, já que o aparelho é vendido apenas pela internet, modelo de negócio adotado por uma das principais inspirações da Quantum, a Xiaomi, que chegou ao país em junho.

Desempenho

Confira as principais especificações do Quantum GO:

  • Processador octa-core 64 bit MediaTek de 1,3 GHz
  • Tela de 5 polegadas com resolução HD (720 x 1280 pixels)
  • Câmera traseira de 13MP e frontal de 5MP
  • Versões com 16 e 32 GB
  • Sistema operacional Android 5.1 (Lollipop)
  • Versões com 3G e 4G
  • Peso de 115 gramas e 0,65 cm de espessura

A entrada de novos players no mercado, incluindo aí a marca chinesa e a já popular Asus, é um dos pontos a serem driblados pelos paranaenses da Quantum, que se veem às voltas com um cenário em retração. Pela primeira vez nos últimos anos, a consultoria IDC Brasil previu queda nas vendas de smarpthones no ano, de 8%. A recente alta do dólar, que impacta no custo de fabricação dos aparelhos, e o fim da isenção do PIS/Cofins para produtos de informática a partir de dezembro, também não ajudam.

A Quantum conta com a estrutura de produção e arcabouço financeiro da Positivo Informática. A companhia “adotou” o trio de empreendedores Marcelo Reis, Thiago Miashiro e Vinicius Grein, que receberam carta branca para formar uma unidade de negócios independente. As condições da parceria e os valores investidos não são divulgados, assim como o número de celular vendidos até agora.

“Essa parceria foi fundamental, porque foi o que possibilitou o lançamento da marca. Mas ao mesmo tempo não somos a Positivo. Fomos nós que desenvolvemos o produto e seguimos tomando as decisões”, reforça o gerente de produtos, Vinicius Grein. Segundo ele, apesar do pouco tempo no mercado, o celular tem empolgado. “O volume de vendas está acima da nossa expectativa. Estamos concorrendo com gente grande, que talvez não tenham a nossa força de vontade”, diz.

Análise: aparelho chega com visual refinado e bom desempenho

Se a primeira impressão é a que fica, pode-se dizer que o Quantum GO certamente não passará despercebido em um mercado atolado de celulares genéricos. A começar pela embalagem: o smartphone vem uma caixa quadrada totalmente preta, lembrando aquelas utilizadas para joias.

Percebe-se a preocupação evidente da marca com o visual, que é, de longe, o quesito que mais chama a atenção no celular e permite a ele ganhar pontos em relação a concorrentes óbvios como o novo Moto G e o Zenfone 5. Além de contar com a proteção de vidro Gorilla Glass atrás e na frente, o Quantum GO é mais fino e mais leve do que o iPhone 6, a ponto de o aparelho poder ser “esquecido” no bolso. É, assim, um modelo refinado e atraente, acima da média dos celulares intermediários.

Em se tratando de desempenho, o Quantum GO não decepciona, mas também não surpreende. A navegação é fluída e rápida e mesmo jogos pesados, como Mortal Kombat X e Asphalt 8, rodam sem bugs ou travas. A câmera é eficiente, com captura quase instantânea e um seletor de foco que funciona muito bem. Por outro lado, o acesso a outros modos de fotos peca por ser pouco intuitivo, tanto que a variedade de opções pode passar despercebida.

Faltam recursos realmente inovadores para o celular como um todo, mas o que é necessário para o uso do dia a dia está ali – e bem entregue. Ao fim, o custo-benefício é favorável: a versão mais barata, sem 4G e com 16 GB de armazenamento, sai por R$ 699, enquanto a versão mais robusta (com 4G e 32 GB) custa R$ 899. O mesmo valor, inclusive, da versão de entrada do terceiro Moto G, que tem apenas 8 GB de armazenamento e 1 GB de RAM (o Quantum Go tem 2 GB). Os concorrentes de fora finalmente acharam um motivo para se preocupar com os brazucas.

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