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A China emprestou em 2014 à América Latina US$ 22,1 bilhões, número superior aos US$ 20 bilhões de financiamento combinado do Banco Mundial (BM) e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e cuja maior parte ficou concentrada em Brasil, Argentina, Venezuela e Equador.

O relatório, divulgado nesta quinta-feira (26) pelo centro de estudos Diálogo Interamericano de Washington, foi coordenado por Kevin Gallagher, professor associado de Desenvolvimento Global da Boston University, e Margaret Myers, pesquisadora do centro.

Por países, o Brasil foi o principal receptor com US$ 8,6 bilhões, seguido por Argentina (US$ 7 bilhões), Venezuela (US$ 5,7 bilhões) e Equador (US$ 820 milhões), explicou Gallagher em entrevista coletiva para apresentar os resultados.

“A maior parte se concentrou em setores extrativos (mineração e energia) e de infraestrutura (transporte e transmissão elétrica)”, detalhou o professor universitário.

“Ferramenta diplomática”

Segundo Gallagher, estes fundos vão seguir fluindo para a região nos próximos anos, já que a China considera os empréstimos uma “ferramenta diplomática”.

No caso de Venezuela, Argentina e Equador, esta concentração de empréstimos por parte da China responde às “dificuldades” que esses países têm para acessar os mercados internacionais de capital.

Em 2013 o volume total foi de US$ 12,9 bilhões e, nessa ocasião, os empréstimos chineses se concentraram na Venezuela, com US$ 10,1 bilhões.

Desde 2005, quando os pesquisadores começaram a fazer sua base de dados, a China concedeu empréstimos à América Latina no valor de US$ 119 bilhões, a maior parte procedente dos bancos estatais China Development Bank (US$ 83 bilhões) e China Export-Import Bank (US$ 20,9 bilhões).

A Venezuela monopoliza quase a metade deste financiamento, com US$ 53,6 bilhões, seguida por Brasil (US$ 22 bilhões), Argentina (US$ 19 bilhões) e Equador (US$ 10,8 bilhões).

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