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Indústria é chamada para debater Foxconn

São Paulo - O Ministério da Ciência e Tecnologia deverá se reunir com representantes da indústria na próxima semana para detalhar a contratação de 100 mil pessoas estimada pela Foxconn no país.

Segundo Humberto Barbato, presidente da Associação Bra­sileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), o encontro foi sugerido diretamente pelo ministro Aloizio Mercadante, que está na China, para esclarecer à indústria sobre o contingente de mão de obra demandado.

"Ele [Mercadante] acionou diretamente o ministro em exercício, Luiz Elias, para transmitir o recado de que entendia a nossa preocupação sobre o tamanho das contratações e propôs uma reunião para tranquilizar a indústria", disse Barbato. A reunião, que deverá acontecer em Brasília, também vai abordar os detalhes dos investimentos no país, segundo Barbato.

O esclarecimento sobre a contratação vem após a indústria questionar o plano pretendido pela gigante chinesa.

Folhapress

Brasília - A China fez investimentos no Brasil na ordem de US$ 17,17 bilhões, em 2010. Desses, US$ 4,08 bilhões foram em novos investimentos e US$ 13,09 bilhões em operações de aquisição em empresas. Os dados foram divulgados ontem pelo Ministério do Desenvolvi­mento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) e fazem parte de relatório semestral de investimentos anunciados no Brasil por empresas chinesas.

Segundo o coordenador da Rede Nacional de Informações sobre o Investimento do Mdic, Eduardo Celino, desse total, US$ 14,34 bilhões estão ligados a petróleo, gás e metais, o que evidencia a estratégia chinesa de garantir autofornecimento de matérias-primas.

Os US$ 2,88 bilhões restantes destinam-se aos setores de infraestrutura – transmissão de energia elétrica – e de produtos manufaturados, como automóveis e máquinas e equipamentos.

De acordo com o ministério, dentre os setores identificados, o de petróleo é o que recebeu o maior volume de anúncios, US$ 10,17 bilhões. Os outros setores representam investimentos anunciados de cerca de US$ 4 bilhões em mineração e US$ 300 milhões ligados ao agronegócio, mais especificamente a soja.

O ministério divulgou também os investimentos anunciados entre 2003 e janeiro de 2011. Segundo os dados, as empresas chinesas anunciaram investimentos de US$ 37,1 bilhões no Brasil, totalizando 86 operações em novos negócios ou fusões e aquisições de empresas.

Nesse período, o setor de metais – incluídas as atividades de extração e de metalurgia – recebeu 56,5% dos anúncios de investimento, seguido pelos segmentos de petróleo, gás e carvão, com 28 %, energia elétrica 5,2%, automotivo 4 % e logística de transportes 1,9%.

Petrobras

O presidente do Banco de Desenvolvimento da China (BDC), Chen Yuan, confirmou ontem que a instituição negocia a concessão de novo empréstimo à Petrobras, depois dos US$ 10 bilhões anunciados em 2009. "Os dois lados expressaram interesse em continuar sua cooperação", disse Chen, ressaltando que o formato e o valor da linha de crédito ainda estão em discussão.

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