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A visita de investidores estrangeiros a Curitiba esta semana permite prever uma nova onda de crescimento econômico e populacional na cidade. Na terça-feira, uma multinacional comunicou à prefeitura municipal a inauguração de uma filial na cidade nos próximos dois anos, e um consórcio de empresas da região da Catalunha (Espanha) assinou protocolo de intenções com a Companhia de Desenvolvimento de Curitiba (Curitiba S.A.) para a compra de uma área de 1 milhão de metros quadrados. Empresas estrangeiras também vêm manifestando interesse em investir no projeto Tecnoparque, que prevê a concentração de empresas de tecnologia numa área de 10 quilômetros quadrados na região leste da capital.

O grupo empresarial que abrirá fábrica na cidade pediu à prefeitura sigilo – os detalhes serão divulgados em janeiro. Trata-se de uma exportadora com marca forte na Europa e nos EUA que pretende criar em Curitiba 1,5 mil empregos, com salários entre R$ 2,5 mil e R$ 3 mil. Não foi preciso oferecer isenção fiscal para atrair o investimento, mas a prefeitura se comprometeu a auxiliar na busca pelo terreno. "Esse é um resultado do programa de desenvolvimento da cidade", diz o presidente da Curitiba S.A., Juraci Barbosa Sobrinho.

Encontrar um terreno próximo à Cidade Industrial que sirva aos planos da Confederação Empresarial da Comarca de Terrassa (Cecot), da Espanha, também é uma prioridade para a Curitiba S.A. Pelo protocolo assinado na terça-feira, a prefeitura tem 90 dias para encontrar um terreno desembaraçado legalmente que possa ser adquirido pelo grupo e receber infra-estrutura. Um pool de empresas espanholas de médio porte deve ser formado num período de cinco anos. Além de indústrias do ramo químico, metalúrgico e têxtil, o plano é trazer imobiliárias, empresas de turismo e residências – uma espécie de Alphaville com sotaque espanhol, projeto que já foi erguido na China e está em desenvolvimento na Índia. "Se batermos o martelo, o investimento será de muitos milhões", diz Juraci Barbosa Sobrinho.

Mais dinheiro estrangeiro deve capitalizar em 2007 o Tecnoparque. Uma lei específica que chegará à Câmara de Vereadores em janeiro permitirá formatar um fundo de investimento imobiliário. Das 12 empresas que já manifestaram interesse na instalação, o HSBC é uma das principais, com o projeto de abrir ali uma filial de seu Centro de Tecnologia. "Estimo que leve ainda entre um ano e um ano meio", diz Jacques Depocas.

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