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Uma poupança pequena, ou a falta de informações, não são necessariamente empecilho para quem quer investir na Bolsa de Valores. Um dos caminhos mais viáveis, nesse caso, são os chamados Clubes de Investimentos, que reúnem pequenos investidores (pessoas físicas) em uma mesma carteira de ações. "Unir esforços é ganhar em escala", diz o economista Luiz Eduardo Costa e Silva, responsável pela área de acompanhamento de mercado da Bovespa e um dos palestrantes do segundo e último dia da feira de finanças pessoais e investimentos ExpoMoney Curitiba, promovida pelo Caderno de Economia da Gazeta do Povo, no Estação Convention Center. "Um volume maior de recursos significa mais poder para negociar, discutir taxas com as corretoras e aumentar o rendimento."

De acordo com o economista, a proposta dos clubes é reunir pessoas com uma filosofia comum em relação aos investimentos. "Eles podem ser criados dentro de uma empresa, na família ou mesmo por um grupo de amigos." A regulamentação dos clubes é feita pela própria Bovespa e pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a administração, por uma corretora escolhida pelo grupo. "Eles têm personalidade jurídica própria, ou seja, um CNPJ em nome do qual ficam as ações adquiridas", explica Costa e Silva.

O tamanho do investimento deve ser definido pelos próprios participantes, e não precisa ser necessariamente igual para todos. "Cada um compra cotas. E os participantes decidem se vão ocorrer novos aportes periódicos." A principal vantagem dos clubes é a possibilidade de reunir mais recursos e, com isso, diversificar a carteira. "Mas talvez a principal delas seja a possibilidade de criar um núcleo de aprendizagem, de discutir as oportunidas e analisar as opções de investimento", diz. "Por isso, é fundamental participar ativamente do grupo."

Para o economista Clodoir Gabriel Vieira, da Corretora Souza Barros, outra vantagem dos clubes é a administração profissional, já que ela sempre é feita pelas corretoras. "Ela é acompanhada de perto pelos cotistas, ou seus representantes." Não há um limite de recursos estipulado pela CVM para a criação de um clube de investimento. Segundo Vieira, o piso é estipulado pelas próprias corretoras. "No caso da Souza Barros, é preciso iniciar com aporte de R$ 150 mil." O poupador pode optar também por ingressar em grupos já formados.

Regra geral

Quem pretende investir sozinho tem um caminho parecido a seguir. O primeiro passo é procurar uma corretora, onde o poupador vai abrir uma conta. "A partir daí ele pode negociar via mesa (pela corretora) ou pelo home broker (para compra e venda), que ele acessa pelo próprio site da corretora", explica Vieira. Uma vez ligado a uma corretora, o investidor terá uma conta, acesso a extrato e todas as informações dos seus ativos. "O controle é tão importante quanto em qualquer outro investimento", alerta Costa e Silva, da Bovespa. "De uma forma ou outra, quem optar por entrar no mercado de ações tem que fazer isso conhecendo as regras. Como os brasileiros não tem essa tradição, tem que buscar esse conhecimento e ter consciência que esse tipo de investimento, em todo o mundo, é feito a longo prazo", completa.

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