Brasília (AE) A economia deve ter um desempenho melhor em 2006, mas modesto, segundo estimativa da Confederação Nacional da Indústria (CNI). A entidade projeta um crescimento de 3,3% do Produto Interno Bruto (PIB, o conjunto de riquezas produzidas no país), sustentado pela retomada da atividade industrial. Embora a estimativa seja muito melhor que os 2,5% previstos para este ano, ainda está muito aquém dos 4,9% de crescimento registrados em 2004.
A CNI prevê também a retomada dos investimentos, a continuidade da trajetória de queda dos juros e uma reversão no processo de valorização do real frente ao dólar no próximo ano. A inflação, segundo as estimativas, deve ficar em 4,7%. Portanto dentro da margem de tolerância de 2 pontos da meta do governo, que é de 4,5% para 2006.
"Há dados no curto prazo interessantes que podem nos autorizar a fazer uma previsão razoavelmente otimista para 2006. O mundo continua crescendo e essas condições são importantes para o País. Outro ponto é que a política monetária, que tem sido extremamente hostil à atividade econômica, está sendo flexibilizada. Todas as expectativas vão na direção de uma taxa de juros média menor que a de 2005", afirmou o presidente da CNI Armando Monteiro Neto, ao divulgar o documento Informe Conjuntural de dezembro, com o desempenho e as perspectivas da economia brasileira.
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