Os cooperados da Coamo Agroindustrial, com sede em Campo Mourão (Noroeste), terão um fôlego extra para enfrentar a estiagem. Após o anúncio, ontem, de que obteve faturamento recorde em 2008, a cooperativa distribui hoje R$ 112 milhões a seus mais de 21 mil associados valor referente às sobras líquidas da safra anterior (2007/08). O montante 36% superior ao do ano passado é equivalente ao orçamento anual do município, compara o presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini.
As sobras recordes vêm na esteira de ciclo de safra cheia e preços elevados. "2008 foi um bom ano para a agricultura, e o melhor ano da história da cooperativa. Quando chegou a crise, a comercialização da safra já estava definida e, por isso, não teve grande impacto nos negócios da Coamo", explica Gallassini. A cooperativa, que esperava encerrar 2008 com aumento de 21% no faturamento, fechou o ano com receitas globais de R$ 4,71 bilhões, um crescimento de 36% em relação ao ano anterior, quando faturou R$ 3,47 bilhões. O complexo soja responde por aproximadamente metade do faturamento global da Coamo.
É também na soja que a cooperativa se destaca nas vendas externas. Um dos produtos mais importantes na pauta de exportação é o farelo de soja, enviado para países como França e Alemanha, que pagam prêmio pelo produto "OGM-free". No ano passado, entre soja em grão, farelo de soja e outros produtos como milho e trigo, a cooperativa de Campo Mourão exportou o equivalente a US$ 523,83 milhões.
Com 92 unidades em 55 municípios do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, a Coamo recebeu no ano passado 5,01 milhões de toneladas de grãos, o que corresponde a 3,5% da produção nacional. Para 2009, contudo, a previsão é de recuo na movimentação, uma vez que a safra será menor por causa da seca. Na região de Campo Mourão, haverá quebra de 18% na safra de soja e de 23% na produção de milho no ciclo 2008/09, relata o presidente da cooperativa. "Isso vai diminuir o recebimento de grãos, mas não deve atrapalhar os planos para este ano. Não há previsão de redução no quadro de funcionários ou corte de investimentos", garante Gallassini, afirmando que a crise ainda não chegou à cooperativa.
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