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A previsão de investimento da Leão Júnior para este ano aumentou 50% – de R$ 5 milhões para R$ 7,5 milhões – como resultado da mudança no conselho administrativo depois de oficializada a compra da centenária empresa paranaense pela Coca-Cola, em março. O novo conselho é formado por cinco altos executivos da multinacional.

No dia-a-dia da empresa, no entanto, pouca coisa mudou. A gestão segue o mesmo ritmo de antes da compra, garante seu diretor-presidente, Renato Barcellos, que se manteve no posto. E deve continuar assim pelos próximos meses – pelo menos até que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprove a negociação.

"Reaprovamos o orçamento. Mas não há mistura de caixas. Os recursos serão todos gerados pela própria Leão", diz Barcellos, ao informar que os investimentos ocorrerão nas áreas industrial, comercial e de informática da companhia. O Cade deu prazo entre 12 e 18 meses para avaliar se a compra não representará uma concentração muito grande de mercado em algum segmento e, por isso, prejuízo para o consumidor. Até lá, as duas empresas permanecem totalmente separadas. "Não estamos utilizando nenhuma estrutura da Coca-Cola. É um sinal de respeito ao Cade, por parte da mutinacional."

A única interferência, segundo Barcellos, foi na controladoria da empresa. Uma equipe está adaptando as práticas da Leão aos seus padrões. E para cumprir as exigências da legislação dos Estados Unidos, país-sede da multinacional, a contabilidade da empresa está sendo feita também em dólar. "Ainda não temos um modelo pronto para o funcionamento da empresa. Um estudo está sendo feito. Mas as mudanças só vão ocorrer depois da decisão do Cade", explica Barcellos. "Eles não têm nenhuma urgência em melhorar ou alavancar a Leão, porque a empresa já está crescendo."

O crescimento estimado para este ano é de 18%, o mesmo de 2006 sobre 2005. Para comportá-lo, a empresa está operando em dois turnos na linha de produção de chás líquidos, no Rio de Janeiro. O índice de ociosidade caiu de 60% para 35% nos últimos dois anos – desde que a gestão foi profissionalizada. "No ano que vem ela vai precisar de novos investimentos, para aumentarmos em pelo menos 50% sua capacidade de produção."

No caso da fábrica de Curitiba, exclusiva para linha seca, os investimentos têm sido menores, mas constantes. "O maquinário é bem mais simples e vamos aumentando conforme a necessidade."

O controle pela Coca-Cola vai provocar a mudança de endereço da empresa. O prédio em que a Leão está instalada atualmente, no Rebouças, não entrou na negociação. Por enquanto os "inquilinos" não pagam aluguel. A mudança deve ocorrer até março de 2009. Ele garante, no entanto, que a fábrica não deixa a capital paranaense. "Seria burrice sair daqui. Economicamente este é o melhor lugar, mais perto dos nossos fornecedores."

Ontem a Leão Júnior divulgou seus lançamentos para o inverno – três novos sabores na linha de chás secos (laranja, cravo e canela, Matte Leão Amêndoas e chá verde sabor maracujá). A empresa também está lançando um embalagem econômica com cinco sachês de chá, que será vendida, em média, por 60 centavos. "Queremos ampliar nosso público. Deixar o produto disponível em mais pontos", diz a gerente de marketing da empresa, Simone Bork.

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