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Em alta

Cartão de crédito

Em ano de juros em alta e crédito mais escasso, as dívidas mais caras, no cartão de crédito e no cheque especial, crescem mais do que a média. No caso do cartão, o crescimento no ano foi de 17,5%.

Em baixa

Serviços

A confiança no setor de serviços caiu em novembro ao pior nível da série histórica, segundo a FGV. O setor já amarga um crescimento de receita abaixo da inflação neste ano, de acordo com o IBGE.

O Brasil pode ter deixado a "recessão técnica" no terceiro trimestre deste ano, mas isso não muda o fato de que o país ainda está em recessão, mesmo que leve. Os dados do IBGE mostram que não houve retomada do crescimento no terceiro trimestre, com um resultado quase igual ao do segundo trimestre. Ou seja, não houve crescimento após meio ano de estagnação. Na comparação com o terceiro trimestre doe 2013, a economia brasileira encolheu.

Os sinais são de que a economia vai ter uma retomada lenta no último trimestre do ano e só deve acelerar no segundo semestre do ano que vem. Os primeiros dados do varejo neste fim de ano são ruins. Na semana passada, a Confederação Nacional do Comércio (CNC) reviu, para baixo, sua estimativa de crescimento para o Natal. Não há motivos para acreditar que a indústria retomará tão cedo o crescimento.

Na comparação anual, são os gastos do governo que seguraram a economia no terceiro trimestre. Poderia ser um argumento para quem defende uma intervenção maior do Estado, criando mais demanda. Mas esse é um risco para o país: a dívida pública já está em um nível elevado para nações emergentes e seu gasto não tem sido eficiente para gerar crescimento. Na verdade, o déficit público tem feito a inflação e os juros subirem. É exatamente o contrário do que ocorre em países ricos em crise, onde os juros e a inflação no chão indicam que é preciso mais esforço dos governos para estimular a demanda.

A nova equipe econômica deu o recado de que vai retomar os superávits primários para estabilizar a dívida bruta (detalhe que acrescenta transparência à gestão). Cortes de gastos, no entanto, devem reduzir o consumo do governo e seu peso no PIB, com risco de a atividade econômica demorar ainda mais para engrenar. A transição para um crescimento mais saudável, baseado no investimento e gasto privados, vai depender muito da volta da confiança de empresários e consumidores.

Câmbio

Em um artigo distribuído a clientes da XP Investimentos, a economista Zeina Latif faz uma pergunta que muitos industriais gostariam de ver respondida: qual a taxa de câmbio que salvará a indústria? O texto não traz um valor, mas chama a atenção para o fato de a taxa real de câmbio estar hoje no mesmo nível de 2007. Mesmo assim, a penetração de importados no mercado interno é a maior da história, cerca de sete pontos porcentuais acima da registrada em 2007. Uma possível resposta estaria no fato de os salários terem subido em termos reais. Ou seja, hoje os salários no Brasil, em dólares, são maiores do que no passado, apesar da desvalorização do real. Outra forma de explicar o mesmo problema: os salários no Brasil subiram sem que houvesse um ganho de produtividade equivalente. Mas essa é só uma peça no quebra-cabeça da indústria, que terá de recuperar a competitividade perdida.

Slaviero

Contratos com a Rio 2016 já garantiram 60 dias de ocupação do primeiro hotel da Slaviero no Rio de Janeiro. Com previsão para ser inaugurado em dois anos, a unidade da bandeira Executive será instalada no bairro da Lapa e já abre com 80% de ocupação. O empreendimento terá 270 quartos, sendo 20 suítes. Instalado em uma região com fluxo executivo e de lazer, a expectativa da direção é manter a frequência alta de hóspedes de segunda a segunda. O investimento, de R$ 100 milhões, tem previsão de retorno em até oito anos.

Clima

A Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) divulgou na última semana um estudo com projeções sobre os efeitos das mudanças climáticas no Brasil nas próximas décadas. O resultado é uma projeção de aumento da temperatura média entre 2ºC e 8ºC até o fim do século, com elevação maior no Centro-Oeste. As chuvas devem ficar menos intensas, principalmente no Centro-Oeste e no Sudeste. É verdade que o intervalo da previsão é largo, mas a direção é clara. Vai ficar mais quente e mais seco em boa parte do país. Muito parecido com o que vimos neste ano.

Casa China

A rede varejista curitibana Casa China planeja abrir mais cinco lojas no ano que vem. A empresa abriu dez unidades nos últimos dois anos e hoje tem 39 pontos de venda. O investimento previsto para o projeto de expansão em 2015 é de R$ 5 milhões e a ideia é concentrar o crescimento na região de Curitiba, onde a marca é mais conhecida. A Casa China surgiu em 1997 como uma loja de R$ 1,99 e se tornou uma rede de comércio de itens para o lar, hoje com 600 funcionários.

Bergus

A corretora de seguros Bergus, com sede em Curitiba, vai acelerar a abertura de franquias no ano que vem. A empresa, que está completando 25 anos, já tem dois franqueados, em Santa Catarina e Brasília, e em 2015 quer acrescentar outras quatro unidades à rede. Seu modelo de negócio envolve o fornecimento de know how para os franquedados, que podem continuar usando suas próprias marcas. Focada em riscos corporativos, a corretora tem 90 mil clientes em 21 estados e afirma ter obtido um crescimento médio de 17% ao ano na última década.

Colaborou Anna Paula Franco.

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