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Juciele era uma gestora conservadora, que não gostava de mudanças e não se adaptava facilmente às inovações do mercado. No entanto, seu perfil lhe conferia credibilidade e solidez, uma vez que atuava na área de Comércio Exterior há mais de 30 anos, sempre trazendo resultados positivos para a empresa onde atuava.

Sua postura despertava a confiança dos investidores e clientes, bem como transmitia segurança aos fornecedores e parceiros. Era uma pessoa constante e equilibrada, que raramente saía do sério, ou alterava o tom da voz.

Tinha bom relacionamento com sua equipe e, por isso, não gostava de trocar de colaboradores. Insistia nos profissionais da empresa, investindo em treinamento e motivação. Ela acreditava que a saída de um bom colaborador podia significar turbulências e quebra no andamento do trabalho. Por isso, havia um nível de estabilidade muito grande na organização que ela dirigia. E, quando um colaborador era desligado, todos sabiam que o motivo deveria ter sido muito forte.

Porém, ela foi surpreendida, em certa ocasião, pelo pedido de demissão de um funcionário antigo, que assimilava muitas atribuições. O colaborador precisou desligar-se da empresa por motivos familiares, sua mãe estava doente e precisava de cuidados especiais. Assim, Juciele não pôde argumentar e precisou aceitar a saída do empregado.

Ela ficou muito preocupada por não ter tido tempo de treinar outra pessoa para o lugar do colaborador antigo, e buscou, no mercado, uma pessoa que tivesse as mesmas competências e habilidades para o cargo.

Após um rápido período de busca, o Departamento de Recursos Humanos selecionou uma candidata para a vaga disponível. Ela, segundo a avaliação do setor, era competente para assumir o trabalho do antigo colaborador.

Após autorizar a contração da nova funcionária, Juciele acompanhou pessoalmente o seu andamento, pois não tinha confiança do desempenho da novata. Ela não acreditava que a nova colaboradora conseguiria desempenhar o trabalho com a mesma habilidade e dinamismo do profissional anterior.

Por ser conservadora, a gestora era também desconfiada e demorava em aceitar novas pessoas na equipe. Assim, ela foi muito dura com a recém-chegada, sendo, algumas vezes, exageradamente exigente. Juciele cobrava da nova profissional o mesmo desempenho demonstrado pelo colaborador anterior, mas ela se esquecia que a funcionária havia ingressado da organização há apenas dois meses e muito havia para aprender. O antigo colaborador, por sua vez, estava na empresa há mais de 15 anos. Era impossível comparar seus desempenhos. Mas Juciele era intransigente e não dava folga para a novata que resistiu à pressão e permaneceu na corporação.

Todavia, a desconfiança de Juciele se apagou quando, em um momento de crise, a novata tomou a frente das negociações e conseguiu reverter um caso já tido como perdido. Sua habilidade para negociar e perseverança em não desistir do problema, surpreendeu Juciele.

A profissional havia demonstrado maior habilidade e conhecimento para lidar com problemas do que o colaborador antigo. Além disso, seu estilo era mais assertivo e sua postura mais objetiva.

Depois de ter suas expectativas superadas, Juciele aprendeu que não é possível julgar as pessoas baseada, somente, em uma desconfiança. Além disso, ela percebeu que um profissional nunca é igual ao outro e isto é positivo, pois qualidades diferentes podem ser muito estimulantes e produtivas.

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É sempre difícil para um profissional, quando está ingressando em uma organização, superar as expectativas iniciais de seus chefes. Sobretudo, se seu antecessor era uma pessoa competente e estimada pela equipe. No entanto, é possível demonstrar que as características positivas do colaborador anterior podem ser substituídas por outras, tão boas quanto. Cada pessoa tem um estilo e um perfil distinto e cabe ao gestor saber desenvolver todas elas, valorizando as diferenças e permitindo que suas expectativas sejam superadas.

SAIBA MAIS...

Inclusão social através do atletismo

A Acrimet, fabricante de produtos para Organização de Escritório e Material Escolar, realiza um projeto de inclusão social através do atletismo. A empresa incentiva seus funcionários a participar de diversas provas, custeando as inscrições, transporte e uniformes. Além disso, ela patrocina cinco atletas profissionais, e mais de 120 corredores amadores contam com a ajuda da empresa.

O objetivo do projeto é proporcionar a inclusão de atletas menos favorecidos no cenário esportivo brasileiro, além de contribuir para o desenvolvimento do esporte. Os atletas profissionais que recebem o apoio da Acrimet vieram de áreas carentes de várias regiões do Brasil, mas que hoje vivem em São Paulo.

A equipe de profissionais irá participar, no próximo dia 28, da 4.ª Maratona de Revezamento – Ayrton Senna Racing Day (ASRD), que acontecerá no Autódromo de Interlagos, em São Paulo.

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Esta coluna é publicada todos os domingos. O espaço é destinado a empresas que queiram divulgar suas ações na gestão de pessoas e projetos na área social, bem como àquelas que queiram dividir suas experiências profissionais. A publicação é gratuita. As histórias publicadas são baseadas em fatos reais. O autor, no entanto, reserva-se o direito de acrescentar a elas elementos ficcionais com o intuito de enriquecê-las. Currículos para www.debernt.com.br. Contato: Bekup Comunicação, tel: (41) 3016-0818..

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