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No momento em que celebra seus 47 anos de existência, a Receita Federal resolveu estabelecer um canal especial de comunicação com a sociedade, objetivando aperfeiçoar a qualidade dos serviços prestados ao público. O Leão decidiu ouvir os contribuintes em geral sobre o atendimento presencial oferecido pelo órgão.

Para tanto, a aniversariante disponibilizou, na seção “Consultas Públicas e Editoriais” de seu sítio eletrônico, uma proposta de portaria para padronizar o atendimento pessoal em todas as unidades fiscais do país. Trata-se do sexto ato normativo a ser elaborado este ano pela Receita em parceria com o público, mediante procedimento de consulta dirigido a todos os súditos. Desta vez, a portaria irá reunir temas do dia a dia, como horários, distribuição de senhas, prioridades e demais critérios para agendamento do atendimento presencial.

Em boa hora

A iniciativa certamente decorre das incontáveis reclamações dos contribuintes que precisam demandar pessoalmente os serviços do fisco federal. É sabido que, apesar da informatização de praticamente todas as obrigações a cargo do contribuinte, as filas nos guichês dos órgãos que compõem a administração tributária são, cada vez mais, extensas e caudalosas.

Da simples correção na guia de recolhimento do tributo preenchida com erro à obtenção de uma certidão negativa, que por alguma razão não foi disponibilizada pela internet, o cidadão se vê prisioneiro de um verdadeiro festival de senhas para cada setor por onde irá transitar com seu problema. O pior: essas senhas são distribuídas dentro de reduzido horário e a quantidade varia conforme critérios discricionários dos chefes das seções envolvidas com o público.

Raramente o contribuinte que se dirige a uma dessas repartições durante um dos turnos do expediente será atendido de forma plena. A burocracia ignora por completo a importância do valioso tempo útil de quem produz riqueza e paga as robustas contas do Leviatã.

Não há dúvida quanto à legitimidade do fisco para baixar instruções, portarias, pareceres, notas e demais atos administrativos relacionados com a fiscalização e a arrecadação dos tributos que administra. Mas não é menos importante a criação de normas que assegurem a comodidade do sujeito passivo no cumprimento de suas obrigações – princípio proclamado por Adam Smith no seu clássico A riqueza das nações, até hoje, porém, adormecido aqui em Pindorama.

No vão da jaula
  • Efemérides Antoninenses, livro que reúne anotações de Alceu Pinto de Almeida relacionados a fatos e pessoas históricas de Antonina, constitui, antes de tudo, um dos mais completos documentos sobre a memória daquela cidade. A obra registra acontecimentos marcantes compreendidos num intervalo de mais de três séculos, mais precisamente 336 anos (de 1662 a 1999). O exaustivo trabalho, organizado por Alceu Pinto de Almeida Filho e José Maurício Pinto de Almeida, filhos do autor, que era farmacêutico e conhecido na localidade como “doutor Alceu”, foi lançado recentemente e tem a chancela da Juruá Editora.
  • Inusitada operação foi deflagrada pela Receita Federal na última quinta-feira. Intitulada “Sangue Impuro”, tem como objetivo combater fraudes fiscais na importação de cavalos destinados a competições nacionais e internacionais. Em um dos casos, o valor declarado pelo animal era de 20 mil euros (cerca de R$ 80 mil), mas a fiscalização detectou que o valor do animal era de 110 mil euros (aproximadamente R$ 440 mil).
  • Polícia Federal está cumprindo três mandados de prisão, 36 mandados de busca e apreensão, 15 mandados de condução coercitiva e 5 de sequestro de bens (cavalos pertencentes aos investigados). Os trabalhos estão concentrados em 16 cidades dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Amazonas, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul. Como o Lão anda faminto, não é difícil imaginar o destino dessas presas, que, embora tenham sangue puro, não resistirão a essa caçada do felino.
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