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Em reportagem publicada no domingo, Ken Ash, diretor do Departamento de Agricultura e Comércio da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) resume a importância estratégica das discussões que serão promovidas pelo 1.º Fórum de Agricultura da América do Sul, que ocorre nesta semana, em Foz do Iguaçu. Ele afirmou à Gazeta do Povo que não apenas o aumento da população, como da renda per capita, faz crescer a demanda mundial por alimentos e energia, em um cenário que amplia a responsabilidade da América do Sul como grande fornecedor.

Segundo o dirigente, crescimento equivalente na oferta ainda não está garantido e o mundo conta, neste sentido, com um aumento significativo da produção e das exportações sul-americanas. A preocupação de Ken Ash com o abastecimento alimentar e a necessidade de a América do Sul em assumir esse desafio, como protagonista desse novo ciclo, de certa forma traduz o propósito do evento – que está em discutir as tendências do agronegócio global a partir do potencial e realidade dos países que notada e comprovadamente tem condições de assumir esse papel. Tanto é que o Fórum traz ao debate produtores e consumidores, o público e o privado de todos os elos da cadeia produtiva.

Mais do que isso, coloca frente a frente os grandes players da oferta e demanda, numa tentativa de pautar uma expansão da produção, consumo e do comércio agrícola internacional. Uma oportunidade singular para definir novos parâmetros nessas relações, de interesses políticos e econômicos, como também de soberania, já que o assunto é segurança alimentar.

Mas por que tudo isso é importante? Porque a demanda cresce além da oferta e, como disse Ken Ash, da OCDE, o abastecimento não está garantido, para não dizer em risco. Se em 40 anos seremos 9 bilhões de habitantes e a produção de alimentos deve crescer 60%, conforme estudo da FAO/ONU, Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, não dá para esperar mais. É preciso fazer algo a partir de agora.

Se a América do Sul terá responsabilidade dobrada nessa missão, também é justo que a região seja respeitada e tenha espaço proporcional nas discussões que regulam esse ambiente do ponto de vista social, político e de mercado. Um debate que também estará presente nas explanações do Fórum, que entre outros objetivos pretende posicionar ou reposicionar o bloco no ambiente globalizado. Hoje, apostar mais no lado Sul do continente americano significa deixar o mundo menos dependente da produção que vem do lado Norte.

Então, vale a pena conferir. O Fórum será realizado dias 21 e 22 de novembro. A programação prevê a discussão de 15 temas diferentes, mas que se relacionam entre si, com a participação de 34 palestrantes, de várias nacionalidades. A agenda completa, assim como as orientações às inscrições e sobre o local do evento estão no site www.agrooutlook.com

Logística em Cascavel

Um dos temas transversais que estarão em debate em Foz do Iguaçu está na programação de outro evento que chega hoje em Cascavel. A infraestrutura como diferencial competitivo é a temática do Ciclo de Palestras Informação e Análise do Agronegócio que percorre o estado em uma discussão sobre armazenagem e escoamento da produção. O debate será a partir das 8 horas na sede da Associação Regional dos Engenheiros Agrônomos de Cascavel (AREAC), na Rua Paranavaí, 1370, Jardim Pacaembu. O ciclo, que passou por Ponta Grossa e ainda vai a Maringá, Londrina e Curitiba tem a participação como palestrantes de técnicos da Companhia Nacional do Abastecimento (Conab), Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA), Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e Agronegócio Gazeta do Povo. A inscrição é gratuita e pode ser feita no local.

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