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Você tem pessoas mais velhas na família que precisam de cuidados especiais? Falo de idosos com mais de 80 anos que, de uma hora para outra, deixam de ser independentes. Tombos que levam a uma cadeira de rodas, problemas cardíacos ou de memória e outras sérias conseqüências de doenças degenerativas. Quanto custa cuidar desses nossos queridos velhinhos? Muito dinheiro. Quando o idoso precisa de assistência 24 horas, familiares pensam em levá-lo para um local especializado. Um enorme desafio, tanto para o velhinho quanto para os mais jovens que sentem pena e remorsos. E o pior: poucos têm condições financeiras de pagar a internação.

Um estabelecimento muito simples cobra pelo menos mil reais por mês. Os bem confortáveis, mais de três mil reais nas grandes cidades. "Coisa de rico", você pode estar pensando. Nem tanto. O problema é que poucas famílias estão preparadas para bancar uma despesa como essa.

Em países mais avançados, existe o reverse mortgage, que vem a ser o contrário de um financiamento imobiliário. Um idoso proprietário de um apartamento vende seu imóvel para um banco em suaves prestações. Quando de sua morte, a família fica com o saldo credor, se houver. Qual a vantagem? Consegue-se gerar renda para um idoso sem que ele tenha que sair de seu estimado imóvel.

Enquanto isso não surge no mercado brasileiro, resta-nos administrar melhor o patrimônio de um idoso. Confira algumas recomendações práticas:

1) Fuja de mercados de risco. Ações só podem ser mantidas em pequena escala porque um idoso talvez não tenha tempo para assistir a uma recuperação da bolsa depois de uma crise. Dê preferência para ações de empresas que pagam bons dividendos e chegam a ser conhecidas como ações de viúvas.

2) Evite a alta concentração em imóveis. Alguns investiram para ter renda após a aposentadoria. Desejavam uma proteção na velhice, mas, ironicamente, no fim, eles não têm coragem de vender os imóveis. Muitos preferem viver miseravelmente a sentir a dor de uma venda. Imóveis também costumam gerar conflito de interesses entre os herdeiros. Não é raro ver filhos e netos, de olho na herança, optarem por fazer economias no tratamento de um idoso.

3) A maior parte do patrimônio deve ficar mesmo em renda fixa. Fundos DI ou CDBs de bancos de primeira linha ou mesmo o ótimo Tesouro Direto devem dominar a composição do patrimônio.

A regra é simples: um idoso precisa ter dinheiro na mão para bancar as inevitáveis surpresas da velhice e para que o baú continue cheio por muitos anos.

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