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Costumamos falar de oportunidades de negócios nesse espaço. Mas como falar do negócio da educação, sem considerar o legado? Podemos falar dos números, e ver que há um grande potencial em toda cadeia envolvida na educação. Grandes grupos estrangeiros já perceberam isso, e desembarcaram do mercado brasileiro, onde se percebe um movimento de concentração e de intensa competição. Mas, além de lançar um olhar de oportunidades, é preciso ter a visão de que se contribui para um legado. Prestar serviços nesse setor significa não estar encerrado em seus próprios interesses, mas em um serviço aberto ao bem e à utilidade de muitos, que dará um novo sentido, mais elevado e alegre, à vida. Então, aproveitemos os números que mostram boas oportunidades com esse sentido.

O mercado de educação

O Brasil está entre os 10 maiores mercados de educação do mundo. Os gastos das famílias são estimados em R$ 55 bilhões para 2014, referentes a matrículas e mensalidades do ensino privado, sendo que as classes A e B são responsáveis por 79% desse total. O Paraná ocupa a 5.ª posição no ranking brasileiro, com gastos em torno de R$ 2,3 bilhões. São gastos ainda outros R$ 13 bilhões em livros e material escolar no país, e novamente as classes A e B equivalem a 70% disso, onde o Paraná ocupa a 4.ª posição no ranking, com R$ 757 milhões. Curitiba corresponde a 28% dos gastos com mensalidades das famílias do estado, e a 26% com livros e material escolar.

Educação básica

São cerca de 50 milhões de alunos em instituições públicas e privadas no país na educação básica, que vai da creche ao ensino médio. A rede pública é responsável por 83% das matrículas, enquanto a rede privada fica com os 17% restantes. Só isso já indica um bom potencial para as instituições privadas na tentativa de ganhar maior participação. Nesse sentido, a demanda é crescente na chamada Educação Integral, cujas matrículas cresceram 139% no acumulado desde 2010. O Paraná apresenta uma situação similar à do país, guardada a sua proporção em 2,4 milhões de alunos.

Ensino superior e a educação à distância (EAD)

São cerca de 7 milhões de alunos de ensino superior no país. Desses 73% são alunos de instituições privadas, invertendo o quadro apresentado na educação básica. A novidade é que 16% já correspondem à modalidade EAD (ensino à distância), que permite aos alunos frequentarem cursos que não existam em suas cidades. Por isso, o crescimento do EAD nos últimos 10 anos foi de nada menos que 1.200%, chegando a pouco mais de 1,1 milhão de alunos no país. No ensino superior, o Paraná também possui um quadro similar e corresponde a cerca de 6% do total de matrículas.

Se você é educador, executivo ou fornecedor de serviços para esse segmento, veja que está diante de um mercado de oportunidades, que o aguarda de braços abertos diante de seu interesse sincero em deixar um legado.

Pontos de destaque

• 68 bilhões de reais são gastos pelas famílias brasileiras com matrículas, mensalidades, livros e material escolar.

• A educação integral é tendência no segmento de ensino fundamental, com crescimento de 139% desde 2010.

• O EAD (ensino à distância) já corresponde a 16% das matrículas no ensino superior.

Sandro Gomes é sócio-diretor da CrossVision – Consultoria e Assessoria em Gestão de Negócios e Marketing

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