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A demissão talvez seja uma das situações que mais preocupem os funcionários. Mas, muitas vezes, ela é inevitável. Como uma catástrofe natural que pega todos desprevenidos, estamos sujeitos a surpresas também em nossos empregos. Desse modo, você já pensou o que faria se soubesse que a sua empresa irá fechar ou passar por uma fusão em um período curto de tempo? Ou se soubesse que você, simplesmente, está demitido?

Ambas as situações podem parecer um tanto assustadoras, mas não se preocupe. Apesar de parecer o fim do mundo, há como vencer a situação e utilizá-la como mais um degrau para a continuidade da construção da carreira. Há oito perguntas essenciais para se fazer quando essa situação vem à tona. É importante aproveitar esse momento não como um período de férias, mas como uma preparação para uma nova jornada, um verdadeiro período de autorreflexão, que vai exigir muito esforço do profissional para se reinserir no contexto corporativo novamente.

1. Gosto do que faço?

Este é o primeiro ponto a ser considerado. Gosta das atividades em si, sem necessariamente levar em conta a gratificação que elas trazem? O amor ao trabalho, à função, ajuda-nos a ter mais energia, criatividade e comprometimento. Se a satisfação está atrelada apenas à recompensa financeira, pode ser que surjam problemas, insatisfação e desmotivação com o tempo.

2. Quero seguir na mesma carreira?

Nesta pergunta é preciso avaliar o todo. Avalie se a natureza do cargo e da carreira agradam, se os benefícios que essa carreira proporciona são os esperados, se o retorno é suficiente para a sobrevivência e satisfação profissional.

É comum muitos profissionais desacreditarem de suas carreiras quando perdem o emprego. Pensam ser incapazes e nem sempre isso é verdade. Talvez o momento (de mercado, resultados da empresa) culminou essa decisão da empresa, talvez o vínculo com os princípios da empresa tenha se rompido e isso não significa, necessariamente, que o profissional não seja bom naquela função.

3. Qual foi a minha postura que culminou no meu desligamento? Tive alternativas antes disso acontecer? Posso melhorar em quê?

É preciso pensar no real motivo do desligamento, sem esconder de si mesmo. Nesse momento, é comum as pessoas preferirem se enganar e direcionar a culpa ao superior ou mesmo à empresa. Desse modo, desperdiçam o crescimento e o aprendizado que a situação propicia. Faz-se necessário também lembrar se houve feedbacks antes da demissão, se houve chances de evitar o acontecido, de tentar extinguir algum comportamento, mudar a conduta ou melhorar o desempenho. Finalmente, posta esta situação, o que podemos aprender com isso? Em que é possível melhorar daqui em diante?

4. Como está meu planejamento financeiro? Por quanto tempo posso ficar desempregado? Quais gastos preciso rever e ajustar?

Nunca sabemos em quanto tempo conseguiremos nos recolocar. Dessa maneira, é preciso controlar os gastos neste período e estimar uma meta de recolocação.  Consequentemente, estimar datas fará com que a procrastinação não prejudique o processo de busca.

5. Quero seguir no mesmo segmento em que atuo?

Caso o profissional goste do que faz, seguir no mesmo segmento é uma excelente opção para aproveitar todo o know-how adquirido durante a carreira. O conhecimento e o domínio no segmento são diferenciais perante os  concorrentes e aproveitar essa vantagem pode acelerar a volta ao mercado.

6. Que outras alternativas tenho para a continuidade de minha carreira? Tenho um "Plano B"?

Na hipótese de não conseguir uma recolocação no mercado no tempo estimado, em que mais é possível atuar? É possível usar o conhecimento como consultor, seguir carreira acadêmica, empreender, inscrever-se em concursos públicos. Quais destas opções são plausíveis e estão alinhadas com o seu perfil?

7. Como está a minha empregabilidade? Como estão as minhas competências técnicas e comportamentais?

Ao realizar essa análise, deve-se avaliar o nível de fluência em outros idiomas, se está atualizado nos estudos (se não está há muito tempo longe da academia), como está o domínio de softwares e tecnologias utilizadas no segmento.

A avaliação das competências comportamentais é igualmente importante. A habilidade de comunicar-se, de trabalhar em equipe, entre outras exigências específicas de determinados cargos. Todos esses fatores precisam ser analisados, de modo a conhecer os pontos fortes e os pontos a desenvolver.

8. Tenho uma rede de contatos ativa à qual posso recorrer? 

Aqueles que têm seus contatos ativos podem sair na frente na busca da recolocação. É importante continuar frequentando eventos, palestras e lugares em que pessoas do segmento de interesse possam frequentar e continuar abastecendo o networking.

Após a autoanálise, muitas das respostas "do que fazer agora" se tornam mais claras e dão uma direção na qual mirar e seguir. Com isso em mãos, é preciso correr atrás e não deixar que esse momento desestabilize o profissional. Boa sorte!

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