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Quando datas comemorativas como Natal, Páscoa e dia das mães se aproximam, além de muitas compras e presentes, outro fator que fica em evidência é o trabalho temporário. Meses antes dessas datas, as indústrias e o comércio já se mobilizam a fim de dar conta da produção em abundância. Para acompanhar o ritmo do mercado, as empresas contratam profissionais temporários. Entretanto, por mais que na maioria das vezes o trabalho tenha uma data de término, alguns profissionais que se destacam nesse período conseguem transformar o emprego temporário em fixo.

Depois do Natal e do dia das mães, a Páscoa é a terceira festividade do ano que mais oferece oportunidades para esse tipo de emprego, principalmente nas áreas de indústria e comércio. Além de serem abertas dezenas de milhares de vagas, os trabalhos temporários podem ajudar jovens profissionais a escolher uma carreira e também a agregar conhecimento a outras pessoas que, por algum motivo, estavam desempregadas ou há algum tempo fora do mercado de trabalho.

Recebi um e-mail de um leitor sobre esse assunto que me inspirou a escrever o artigo de hoje. Paulo tem 36 anos e até três meses atrás não havia se estabelecido em um emprego por muito tempo devido a um problema pessoal que o impedia de ter uma rotina de trabalho saudável. Frequentemente, ele precisava faltar um ou mais dias de trabalho e deixar o seu expediente mais cedo, o que aborrecia seus superiores. Isso fazia com que não criasse raízes em uma empresa, enfraquecendo o seu currículo e referências profissionais.

Há um ano, Paulo estava desempregado, mas o problema que o impedia de trabalhar normalmente foi resolvido. Era de se pensar que, finalmente, ele poderia focar na sua carreira, porém as dificuldades de encontrar um novo emprego só aumentavam. Isso acontecia devido ao seu currículo, cujo número de empregos era relativamente grande, porém o tempo de permanência em todos eles muito curto. Para os contratantes, isso mostrava instabilidade e, à primeira vista, uma ameaça, afinal ninguém quer contratar alguém que dentro de alguns meses largará o emprego.

Meses se passaram e, quando as contas ficaram mais difíceis de serem pagas, Paulo decidiu aceitar qualquer emprego que lhe oferecessem. Por sorte, um amigo dele o indicou para uma vaga temporária dentro de uma indústria de doces e chocolates que estava no processo de produção de ovos de Páscoa. Isso foi há três meses e, como o emprego era temporário, foi contratado mais facilmente, com menos critérios de seleção.

O que Paulo não sabia, nem seu superior, era que ele seria perfeito para o trabalho. Tanto suas competências técnicas quanto as suas características comportamentais se encaixaram com o perfil e valores da empresa. Ele era proativo, determinado e sabia se relacionar com todos da sua equipe. Passados os primeiros três meses do contrato, para sua surpresa, Paulo foi efetivado.

Dei o exemplo de Paulo para acabar com a crença de que trabalhos temporários são instáveis e não levam a lugar algum. Pelo contrário, um emprego desses pode abrir muitas portas tanto para quem deseja ser efetivado, quanto para quem ainda não sabe qual carreira seguir. De um jeito ou de outro, a experiência com certeza lhe trará aprendizados e agregará conhecimento.

Na coluna de terça-feira falarei mais sobre as vantagens dos trabalhos temporários e como, nesta Páscoa, muitos profissionais tiveram uma oportunidade de trabalho em todo o país. Até lá!

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