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Equipe da Bcredi, fintech de crédito, em um evento interno. (Foto: Divulgação).| Foto:

A Bcredi, fintech especializada em crédito com garantia de imóvel, acaba de concluir uma rodada de investimentos com aporte da e.bricks Ventures, mesma gestora que já apostou em negócios como o Guiabolso e a Contabilizei. Com o aporte, a fintech que nasceu de um spin off do Banco Barigui em maio do ano passado quer fechar este ano com mais de R$ 1 bilhão em ativos sob sua gestão – praticamente o dobro do que tem hoje.

Embora não revele valor nem condições do aporte, Maria Teresa Fornea, CEO e cofundadora da Bcredi, explica que a grande missão da fintech agora é escalar, trabalhando em todas as fases do crédito imobiliário: do funding para originar crédito a novas maneiras de empacotar esse crédito e vendê-lo a quem precisa.

Ela explica que um dos motivos para a saída da fintech do conglomerado foi a necessidade de ter um olhar livre de qualquer tipo de conflito de interesses para um mercado que tem uma janela macroeconômica gigante.

Maria Teresa Fornea, CEO e confundadora da Bcredi. (Foto: Divulgação)
Maria Teresa Fornea, CEO e confundadora da Bcredi. (Foto: Divulgação)

"Quando tínhamos uma taxa [básica] de juros muito alta, o mercado de capitais, em geral, estava muito fechado para outros tipos de crédito. Com uma taxa de juros mais baixa – falávamos de 13%, 14% o ano, agora falamos de 6%, 7% ao ano – e uma previsão de que essa taxa continue baixa pelos próximos anos, isso faz com que se abra uma janela muito grande [de crescimento] para o setor", explica Fornea.

O crédito imobiliário responde por cerca de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Em outros países, como Austrália e Estados Unidos, esse número chega a 122% e 79%, respectivamente.

Nessa janela, a Bcredi tem, pelo menos, três formas para escalar. Além do crédito originado pela própria fintech, cuja meta é atingir R$ 120 milhões neste ano a partir da carteira proprietária, há a gestão de portfólios, mirando gestoras e fundos, e a lógica do CaaS (Credit as a Service, ou Crédito como Serviço).

É nesta última forma que está a maior aposta da Bcredi: "usar a plataforma e o know-how de trabalhar com esse tipo de produto para juntar pontas originadoras e diferentes parceiros de funding".

Com esses parceiros, complementa Fornea, também será possível desenvolver novos produtos baseados em crédito imobiliário, que possam ir além do tradicional e solucionar problemas típicos do público-alvo da clientela da Bcredi.

Hoje, 70% dos clientes da fintech são pequenos empresários e profissionais liberais. A Bcredi oferta créditos de R$ 50 mil a R$ 1,5 milhão, com prazo de 15 anos para pagar e taxas de 1,15% a.m. + IPCA. É possível usar até 50% do valor do imóvel em crédito, com carência de até 180 dias para franquia e liberação do crédito em até 10 dias.

Se o objetivo for o financiamento imobiliário, é possível financiar até 70% do valor do imóvel, usando o FGTS, com taxa é de 0,84% ao mês +IGP-M e um prazo de até 20 anos. Tudo é feito online, com poucos cliques.

Smart money no crédito imobiliário

Nesse cenário de expansão, a Bcredi identificou que um novo sócio poderia agregar muito ao negócio. Mas o foco não era apenas atrair capital, mas um parceiro que também trouxesse conhecimento para o ganho de escala da fintech. "A e.bricks Ventures entende o empreendedorismo como meio de impactar a economia e a vida das pessoas e é isto que a Bcredi traz ao facilitar o acesso a um crédito saudável", diz Fornea.

"A experiência dos fundadores, aliada ao potencial tecnológico da plataforma e à liderança da Maria Teresa, foram fatores decisivos para nosso investimento. Além disso, temos convicção de que a modalidade de crédito com garantia em imóvel, ainda incipiente no Brasil, deve crescer mais de 7 vezes nos próximos anos, atingindo mais de R$ 100 bilhões nesse período" afirmou Guilherme Cervieri, sócio da e.bricks Ventures, em nota enviada via assessoria de imprensa.

A Bcredi surgiu como um braço digital do Banco Barigui em 2017 e terminou o processo de spin off em maio do ano passado. De lá para cá, o número de funcionários passou de 20 para 80.

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