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As reservas internacionais brasileiras somaram US$ 271,47 bilhões nesta terça-feira (21), novo recorde histórico, informou nesta quarta-feira (22) o Banco Central.

Somente nesta terça-feira (21), o crescimento foi de US$ 2 bilhões e, no acumulado de setembro, a elevação já chega a US$ 10,15 bilhões. No dia 31 de agosto, segundo a autoridade monetária, as reservas em dólar estavam em US$ 261,32 bilhões.

O forte crescimento das reservas cambiais está relacionado com a expressiva entrada de recursos no país. Dados do BC mostram que, na parcial de setembro, até a última sexta-feira (17), US$ 11,13 bilhões ingressaram no Brasil, o maior valor desde outubro do ano passado, quando houve a abertura de capital do Santander.

Capitalização da PetrobrasA entrada de divisas na economia brasileira neste mês acontece antes do início do processo de capitalização da Petrobras, em que é esperada a participação de investidores estrangeiros.

De acordo com analistas, a entrada de dólares pode acentuar a alta do real frente ao dólar, o que prejudicaria a competitividade das exportações brasileiras.

Dados da autoridade monetária mostram que a entrada de divisas está acontecendo, em setembro, somente pela chamada "conta financeira" - que desconsidera as operações de câmbio da balança comercial (exportação e importação).

Neste caso, o ingresso foi de US$ 11,84 bilhões em setembro, até o dia 17, dos quais US$ 8,94 bilhões somente na última semana. Os recursos que ingressaram na semana passada, por sua vez, superaram todos os ingressos registrados no acumulado do ano, até 10 de setembro (US$ 7,73 bilhões).

Na parcial deste mês, até o dia 15, o BC informou ter comprado US$ 5,87 bilhões no mercado à vista. O valor das aquisições de dólar efetuadas da quinta-feira (16) da semana passada em diante ainda não foram confirmados pela autoridade monetária. Serão divulgados somente na próxima semana.

Fundo soberano

Para ajudar o BC a "enxugar" a liquidez do mercado de câmbio, o governo anunciou recentemente que o chamado fundo soberano, formado no fim de 2008 com a "sobra" do superávit primário, e que tem 17,92 bilhões em caixa, poderá comprar dólares - função que até o momento vinha sendo desempenhada quase que exclusivamente pelo BC.

Para isso, o Tesouro Nacional também poderá emitir títulos públicos. As compras seriam conduzidas pela autoridade monetária, informou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, nesta quarta-feira.

"Não há limite para as operações em moeda estrangeira. As aplicações financeiras do FSB [Fundo Soberano do Brasil] não terão impacto sobre o orçamento, já que se tratam de gestão de recursos do Tesouro Nacional, não constituindo despesa pública", informou o Ministério da Fazenda nesta segunda-feira (20).

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