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Em dia de sobe-e-desce e de forte recuperação das bolsas americanas no fim do pregão, o mercado financeiro brasileiro reduziu as perdas, que chegaram a superar 8% nesta quinta-feira (16), mas não conseguiu evitar o fechamento em terreno negativo.

O Ibovespa - referência para o mercado brasileiro - fechou em baixa de 1,06%, aos 36.441 pontos, puxado fortemente pelas ações mais negociadas no Brasil (a Petrobras). O papel ON da petrolífera teve baixa de quase 8,67%, enquanto o PN recuou cerca de 7,5%.

Nos EUA, os principais índices consolidaram uma forte alta perto do fim do pregão. O índice Dow Jones - referência para Nova York - apontou alta de 4,68%. Enquanto isso, o índice tecnológico Nasdaq registrou valorização de 5,49%.

No mercado americano, varejistas como o Wal-Mart e companhias do setor de saúde impulsionaram os índices com os investidores apostando que seus resultados se provarão positivos mesmo com uma desaceleração econômica. Companhias de energia e de materiais, que foram fortemente atingidas na quarta-feira (15), mostraram recuperação mesmo com os preços do petróleo caindo abaixo de US$ 70 por barril, pois os investidores mostraram apetite por ações baratas.

Recessão

Apesar dos diversos planos de resgate do setor financeiro anunciados esta semana pelos EUA e pela Europa, temores de uma recessão duradoura nos países do Hemisfério Norte deixam o mercado em alerta. Nos Estados Unidos, a produção industrial registrou a maior queda em 34 anos, conforme dados desta quinta-feira.

Na véspera, a presidente do banco central norte-americano de San Francisco (Fed, na sigla em inglês), Janet Yellen, que afirmou que os EUA "parecem estar em recessão", enquanto o presidente da instituição, Ben Bernanke, afirmou que vai levar tempo para os EUA se recuperarem da crise.

Nesta quinta, um novo dado preocupante veio da Alemanha: a previsão de crescimento para 2009, antes de 1,7%, foi reduzida a 0,2%. Na França, o banco central local admitiu na quarta-feira a redução do PIB do país por dois trimestres consecutivos, configurando recessão técnica.

Europa e Ásia

Com tantas evidências de desaceleração, os mercados internacionais tiveram baixa. O índice FTSEurofirst 300 - que reúne os principais mercados europeus caiu 5,52% nesta quinta-feira, para 853 pontos. Entre os principais mercados, Londres teve baixa de 5,35%, Frankfurt recuou 4,91% e Paris caiu 5,92%.

Na Ásia, contaminada pela queda de Wall Street na quarta-feira, o índice Nikkei 225 da Bolsa de Tóquio despencou e encerrou o pregão com perdas de 11,41%, o segundo maior tombo de sua história.

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