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Após atingir nível recorde de otimismo no mês passado, o humor do consumidor voltou a ficar negativo em agosto. É o que revelou nesta quinta-feira a Fundação Getúlio Vargas (FGV), ao divulgar o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), que mostrou queda de 4,6% em agosto contra julho, após subir 5,4% em julho ante junho. Calculado dentro de uma escala até 200 pontos, o ICC recuou de 124,4 pontos em julho - maior nível desde a criação do indicador em setembro de 2005 - para 118,7 pontos em agosto.

Quanto mais próximo a 200 pontos, maior é o nível de confiança do consumidor medido pelo ICC. Para a FGV, ao observar a evolução da média móvel trimestral do indicador, o desempenho de agosto pode ser entendido como "um movimento de acomodação".

A queda do indicador foi fortemente influenciada por piora nas expectativas do consumidor. O Índice da Situação Atual (ISA), um dos dois subindicadores componentes do ICC, caiu 2,9% em agosto, após avançar 4,3% em julho, e recuou de 144,6 pontos para 140,4 pontos. O Índice de Expectativas (IE) caiu 4,5%, em comparação com a alta de 4,9% em julho, e passou de 112,4 pontos para 107 3 pontos.

Na comparação com agosto do ano passado, o ICC caiu 2,6% este mês. Em julho, o indicador subiu 3,1% ante igual mês no ano passado.

O levantamento abrange amostra de mais de 2.000 domicílios, em sete capitais, com entrevistas realizadas entre os dias 1º e 22 de agosto.

Pessimismo

O pessimismo quanto ao futuro da economia nos próximos meses derrubou o Índice de Confiança do Consumidor em agosto. Segundo a FGV, dentro do universo de mais de 2.000 domicílios pesquisados, a parcela de consumidores que estima melhora na economia local nos próximos meses caiu de 31,2% para 23,1% de julho para agosto. Já a fatia dos que esperam piora subiu de 14 2% para 21,2%.

Com isso, o indicador que mede o grau de otimismo em relação à evolução da situação econômica local nos meses seguintes caiu de 117,0 para 101,9 pontos, ficando bem abaixo da média histórica de 112,1 pontos. Assim como o ICC, este índice é calculado dentro de uma escala que vai até 200 pontos, sendo que, quanto mais próximo ao limite máximo, melhores são os resultados.

O consumidor também não se mostra bem humorado quanto ao cenário atual da economia. O porcentual de consumidores pesquisados que avaliam a situação atual como boa diminuiu de 31,7% para 27,6% de julho para agosto. Ao mesmo tempo, a parcela de consumidores que a julgam ruim aumentou de 19,7% para 20,5%, no período.

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