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A exportação de serviços por empresas do Paraná inclui consultorias, como as que a Copel presta na área de geração de energia. A usina hidrelétrica chinesa de Schibuya, terminada em 2005, foi erguida com o apoio da tecnologia em engenharia de barragens da empresa. "Tínhamos experiência na otimização da construção e nossos rios eram similares em volume de água", conta o assessor da diretoria de geração e distribuição da Copel, Robson Schiefler. "Além do retorno financeiro, a empresa ganha exposição e experiência com novos problemas e troca cultural", diz.

O conhecimento técnico também transita bem no setor público dos países latino-americanos. Essa é a experiência da Secretaria Estadual de Educação (Seed), que recebeu uma solicitação do governo da Venezuela para transferir a tecnologia do programa Paraná Digital – pelo qual está informatizando as escolas do estado com multiterminais que economizam 60% do custo. O acordo foi firmado e o estado está "exportando" o projeto, que será implementado por profissionais de educação venezuelanos. O governo do país vizinho é responsável por custear os deslocamentos da equipe brasileira. "A maior vantagem é que eles vão nos ajudar a aprimorar o sistema", explica o coordenador de tecnologia da Seed, Jefferson Schreiber.

Em outros casos, o retorno recebido pode ser a abertura de mercado no país estrangeiro, algo que já está ocorrendo com o agronegócio paranaense. Novamente o governo venezuelano, ao avaliar os resultados expressivos do campo paranaense, pediu assessoria ao governo do Paraná para a estruturação de instituições de apoio, formulação de políticas e treinamento. A consultoria rendeu lucros à indústria do estado – que acabou vendendo mais de 100 máquinas agrícolas à Venezuela – e a produtores – que visitaram o país vizinho para fomentar a exportação de produtos e serviços.

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