Com a recente disparada dos preços do álcool nas bombas, o consumo do produto nos postos poderá despencar entre 40% e 50% nos próximos 15 dias. A estimativa é do diretor técnico da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes (Fecombustíveis), Aldo Guarda.
Segundo Guarda, ainda não é possível fazer uma estimativa da redução das vendas desde esta quarta-feira, quando foi aprovada a redução da adição de anidro na gasolina na proporção de 25% para 20%.
- Muitos consumidores, sabendo que os preços iriam aumentar diante da ampla divulgação de informações pela imprensa, podem ter corrido para abastecer e antecipado a compra. O consumo, no entanto, irá despencar quando eles tiverem que voltar nos postos dentro de alguns dias para reabastecer e perceber que o uso do álcool já não é vantajoso - disse.
Com a redução da mistura, os preços da gasolina também estão aumentando. De acordo com Guarda, este fato é percebido mais facilmente em cinco estados: Bahia, Ceará, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e São Paulo.
- Quando você reduz o volume de álcool na gasolina e substitui esta quantia por gasolina A, acaba aumentando a carga tributária de Cide, PIS e Confins. Nestes estados (citados acima), há aumento também da incidência de ICMS - explica, referindo-se às regiões que importam o combustível de outros estados, como o Rio de Janeiro.
O Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniência do Município do Rio de Janeiro (Sindcomb) ainda não tem dados sobre redução do consumo entre esta quarta e quinta-feira. Por meio da assessoria de imprensa, o presidente da entidade, José Luiz Mota Afonso, informou que o período é atípico para avaliar o consumo em função do feriado do carnaval.
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