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O aumento das tarifas de energia e a paralisação da indústria também foram preponderantes para a queda no consumo | André Rodrigues/Gazeta do Povo
O aumento das tarifas de energia e a paralisação da indústria também foram preponderantes para a queda no consumo| Foto: André Rodrigues/Gazeta do Povo

O consumo de energia elétrica recuou 1,8% em 2015, frente ao verificado em 2014, divulgou nesta terça-feira (5) o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

O consumo teve queda maior no sistema Sudeste/Centro-Oeste, que concentra 60% da carga demandada pelo país. A queda no ano foi de 3,2%, o mesmo recuo verificado na região Sul.

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Nas regiões menos desenvolvidas do país, houve alta na demanda por energia. O Nordeste acumulou alta de 3,2% e o Norte, de 1,7%.

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Segundo o ONS, o principal motivo para a queda no consumo no sistema como um todo foi o arrefecimento da atividade econômica, “causada principalmente pelo alto endividamento das famílias e taxas de juros e desemprego elevadas”.

O aumento das tarifas de energia e a paralisação da indústria também foram preponderantes para a queda no consumo.

Apuração

O ONS apura a chamada carga, que é o consumo mais as perdas no sistema. A carga é apurada por meio dos pedidos de energia feitos pelas distribuidoras ao SIN (Sistema Insterligado Nacional), gerido pelo ONS. A medida que percebem aumento da demanda dos usuários, as distribuidoras fazem pedidos ao ONS.

O operador não abre os números por grupo consumidor. Quem faz isso é a EPE (Empresa de Pesquisa Energética), que divulgou na última segunda-feira (4) os dados relativos a novembro.

Em doze meses encerrados em novembro, segundo a EPE, a classe industrial teve recuo de 4,7% em seu consumo. A classe residencial também apurou recuo, de 0,4% no acumulado. O setor comercial (0,9) foi o único que teve aumento no período.

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O ministério de Minas e Energia confirmou que as empresas que venceram os contratos de concessão de 29 usinas antigas no leilão de novembro quitaram 65% do valor de R$ 17 bilhões da outorga para assinarem seus contratos de concessão nesta terça-feira.

Com isso, o Tesouro Nacional já assegurou no ano a entrada de R$ 11,05 bilhões. O restante deverá ser pago em período de 180 dias, segundo as condições do leilão do ano passado.

Segundo Luiz Eduardo Barata, secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, a energia gerada por essas hidrelétricas corresponde a 5% da capacidade total do parque gerador brasileiro e destacou a importância do evento para o ajuste fiscal brasileiro.

Ele disse, ainda, na primeira cerimônia para assinatura desses contratos na sede do MME, que o leilão para construção de novas usinas em período de cinco anos (A-5), em março, ocorrerá em condições adequadas de acordo com o cenário econômico, levando em conta a situação cambial e de financiamento.

Copel

No leilão de novembro, a Copel manteve o controle da usina Parigot de Souza, porém as usinas Mourão I e Paranapanema passarão a ser operadas pela italiana Enel. O lote B prevê o pagamento de R$ 735,5 milhões de bônus de outorga, dos quais R$ 574,8 milhões referentes à usina Parigot de Souza.

“Entendemos que a Copel fez a opção certa ao não participar da renovação antecipada das concessões em 2012 e também achamos que tomamos a decisão correta ao participarmos e vencermos o leilão”, afirmou o presidente da companhia, Luiz Fernando Vianna. “Gostaríamos de participar de mais leilões, mas o acesso aos financiamentos do BNDES precisa melhorar”, completou o executivo.

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