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Em uma ação para estimular a economia, os bancos centrais da zona do euro e da China reduziram ontem suas taxas de juros. Com o mesmo objetivo, o Banco da Inglaterra (BC do Reino Unido) anunciou que vai aumentar a oferta de moe­da no mercado. O comitê do Banco Central do Brasil que delibera sobre taxas de juros reúne-se na próxima semana, e espera-se uma nova redução na taxa básica, a Selic, que atualmente está em 8,5% ao ano.

O Banco Central Europeu (BCE) cortou sua taxa de juros de 1% para 0,75%, o menor índice desde a criação do euro, em 1999. A redução vinha sendo cobrada pelo mercado para mitigar os efeitos da crise na zona do euro. Segundo o presidente do BCE, Mario Draghi, a decisão teve por base a confirmação da desaceleração econômica na região. No primeiro trimestre deste ano, o Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro ficou estagnado em relação ao fim de 2011. Teme-se uma contração econômica no segundo trimestre deste ano. Para Draghi, o crescimento na região segue fraco e as pressões de inflação "devem continuar em linha com a estabilidade de preços no médio prazo".

O BCE não cortava os juros desde dezembro. Mesmo durante a crise de 2008, após os problemas com o banco Lehman Brothers, a instituição manteve seus juros na casa de 1%, mas a gestão de Draghi tem feito esforços para estimular o crescimento.

O Banco da Inglaterra manteve em 0,5% sua taxa de juros, mas anunciou a ampliação de seu programa de compra de ativos em 50 bilhões de libras, chegando ao total de 375 bilhões de libras (US$ 585 bilhões). De acordo com a instituição, a nova fase do programa, que começou após a crise de 2008, será adotada nos próximos meses. O comunicado do Banco da Inglaterra explica que a decisão teve por base o cenário frágil do Reino Unido, em recessão no último semestre.

As medidas dos três bancos centrais – anunciadas no espaço de uma hora – levantaram a suspeita de uma ação coordenada, que seria fruto da avaliação de que a crise é mais grave do que se admite em declarações públicas. Draghi negou coordenação entre os BCs. Outro temor é o de que os instrumentos anticrise estejam se esgotando e que possam tornar-se inócuos.

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