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Dasenbrock, do Sicredi, e Ferreira, da União PR: ideia é expandir crédito no Norte do estado | Divulgação
Dasenbrock, do Sicredi, e Ferreira, da União PR: ideia é expandir crédito no Norte do estado| Foto: Divulgação

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Pelo sistema, correntista vira associado

As cooperativas de crédito com admissão livre são bastante parecidas com um banco comum. Oferecem caderneta de poupança, talão de cheques, cartões de crédito, seguros e caixas eletrônicos. A diferença fundamental é que, em uma cooperativa, o associado precisa colocar capital no negócio. Com isso, passa a ter direito a voto nas assembleias que decidem o futuro da instituição e recebem parte dos lucros, ou sobras, de cada ano de atividade. Esse tipo de associação tem um papel importante para o desenvolvimento regional – uma vez que quem investe está na mesma área de quem precisa de recursos.

A organização das cooperativas ocorre através de centrais que cuidam do relacionamento com o Banco Central e com outros bancos no mercado financeiro. No caso do Sicredi, sistema que tem atuação forte no Sul do Brasil, foi formado um banco cooperativo, com sede em Porto Alegre, que gerencia os serviços bancários usados pelas unidades associadas. (GO)

Um processo de fusão envolvendo quatro cooperativas de crédito vai aumentar o poder de fogo do Sistema de Crédito Cooperativo (Sicredi) no Norte do estado. Em uma assembleia que será realizada hoje, as regionais de Maringá, Vale do Bandeirante e parte da unidade Norte se juntarão para formar o Sicredi União PR, que se consolida como a maior do estado, com quase 40 mil associados em 75 municípios e ativos de quase R$ 500 milhões.

A outra parte da regional Norte será absorvida pela unidade Paranapanema, que tem sede em Cambará e passa a figurar entre as dez maiores do estado. Com as fusões, o Sicredi União passa a atuar nas duas maiores cidades do Norte do Paraná, Maringá e Londrina. Segundo o presidente da União PR, Wellington Ferreira, uma das prioridades da regional passa a ser desenvolver mercados que vinham crescendo abaixo do potencial, em especial Londrina e municípios de sua área metropolitana.

"Na região de Maringá, o Sicredi já tem 9% do mercado de crédito e em Londrina tem menos de 1%", conta Ferreira. "Queremos chegar a 10% nas áreas em que estamos entrando. Calculamos que podemos acelerar nosso crescimento de 20% ao ano para 25% ao ano." A fusão também levará a uma redução de custos de até 20% nos próximos anos.

A consolidação das cooperativas de crédito é um processo que deve continuar nos próximos anos e que faz parte do planejamento do Sicredi. Hoje o sistema tem 128 filiados e cinco centrais regionais, sendo uma delas no Paraná. Manfred Dasenbrock, presidente do Sicredi Participações, explica que o sistema tem centrado sua expansão em cooperativas de livre admissão, em que qualquer pessoa pode se associar. Com a eliminação de duas unidades, o Paraná passa a ter 25 cooperativas.

"Há espaço para outras fusões e a entrada em novos municípios, incluindo no Sul de São Paulo e Norte de Santa Catarina", diz Dasenbrock. "Queremos que o Sicredi entre em todas as cidades em que for viável." O Sicredi tem hoje 320 pontos de atendimento, em 262 municípios do Paraná – em Curitiba, as cooperativas livres ainda não têm autorização do Banco Central (BC) para operar.

Com a consolidação, diz Dasenbrock, o Sicredi ganha musculatura para ser um dos condutores da maturação do sistema cooperativo. Segundo ele, o BC tem interesse em que uma parcela maior da intermediação financeira no país seja feita por cooperativas. "É comum que a participação fique entre 15% e 20% em países desenvolvidos. No Brasil, as cooperativas administram menos de 2% dos recursos do setor financeiro", compara o executivo. No interior do Paraná, o porcentual é mais alto, perto de 15% – dado que leva em conta outros sistemas além do Sicredi, que administra 10% dos ativos bancários.

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