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Entre as usinas que serão leiloadas está a Parigot de Souza, com 260 megawatts | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Entre as usinas que serão leiloadas está a Parigot de Souza, com 260 megawatts| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

A estatal paranense Copel tem financiamento equacionado para participar do leilão de hidrelétricas existentes que o governo federal promove em 25 de novembro, no qual vai mirar as usinas do lote B – que pertenciam à empresa, mas tiveram a concessão encerrada.

“Ainda não definimos se vamos participar sozinhos ou com alguma parceira. Estamos fechando entre esta quinta e sexta-feira a decisão. Já temos o funding para essa operação, com capital próprio e de terceiros”, disse o presidente, Luiz Fernando Vianna, durante teleconferência com analistas nesta quinta-feira (12).

O Lote B do leilão compreende a usina Parigot de Souza, de 260 megawatts, Mourão I, com 8,2 megawatts e Paranapanema, com 31,5 megawatts.

Os empreendimentos somam um bônus de outorga de R$ 735,5 milhões, dos quais 65% deverão ser pagos ao governo federal ainda neste ano.

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O presidente da Copel disse que a alteração das regras do certame promovida pelo governo em agosto, quando foi autorizado que até 30% da energia das usinas seja comercializado no mercado livre de eletricidade a partir de 2017, “trouxe mais atratividade para os ativos”.

Ainda assim, ele ponderou que o certame é um desafio para as empresas brasileiras por acontecer em um momento em que as geradoras enfrentam perdas de faturamento devido à seca, que reduz a geração hidrelétrica.

“Acaba sendo um grande desafio, dada a conjuntura setorial, por restrições de caixa de nossas geradoras e a conjuntura econômica, que limita as condições de financiamento”, explicou.

Apoio às hidrelétricas

A Copel ainda não decidiu se aceitará a proposta apresentada pelo governo federal para compensar parcialmente hidrelétricas do país por perdas de faturamento causadas pela seca, principalmente devido às regras apresentadas pela Aneel para viabilizar o apoio às usinas que venderam a produção no mercado livre de eletricidade.

“A proposta (para o mercado livre), em um primeiro momento, não nos agrada. E posso dizer que não agrada a maioria dos agentes geradores. Estamos fazendo os estudos, fazendo as contas. A decisão ainda não está tomada”, disse Vianna.

O acordo entre governo e empresas foi autorizado pela Medida Provisória 688, aprovada esta semana na Câmara dos Deputados, e teve os detalhes regulamentados pela Aneel.

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É exigido das elétricas, como contrapartida, que retirem ações judiciais com as quais obtiveram proteção contra novas perdas com o déficit hídrico.

O acúmulo de mais de uma centena de liminares levou a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) a suspender a liquidação financeira de contratos de energia referente a setembro, que aconteceria na última terça-feira.

Vianna disse que espera que a aprovação da MP 688 no Senado abra o caminho para o fechamento de um acordo entre governo e empresas, com posterior retirada das ações que paralisaram as operações na CCEE.

“Essa paralisação só agrava mais a crise (do setor elétrico). Por outro lado, o setor tinha que passar por isso para achar a solução (para o déficit das hidrelétricas) e fazer com que esse mercado novamente volte a funcionar”, disse Vianna.

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