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“Não podemos dizer os nomes dos outros grupos que devem compor o consórcio, mas podemos afirmar que se trata de um consórcio muito forte, com chances de vencer. Sabemos que será um leilão disputado.” - Raul Munhoz Neto, presidente da Copel | Divulgação
“Não podemos dizer os nomes dos outros grupos que devem compor o consórcio, mas podemos afirmar que se trata de um consórcio muito forte, com chances de vencer. Sabemos que será um leilão disputado.” - Raul Munhoz Neto, presidente da Copel| Foto: Divulgação

A Companhia Paranaense de Energia (Copel) ainda aguarda a sanção da lei que permite a ela a ser minoritária em consórcios de energia para poder firmar parcerias para participar do leilão de usinas marcado para o próximo dia 17 de dezembro. A empresa quer formar um consórcio com grupos privados para disputar a usina de Teles Pires, a principal estrela de um bloco de hidrelétricas que serão construídas no rio de mesmo nome, localizado no norte de Mato Grosso. Com 1.820 MW, a usina de Teles Pires está avaliada inicialmente em R$ 3,4 bilhões.

"Estamos em cima do laço para disputar o leilão. Pre­­ci­­samos ter a sanção até no má­ximo segunda-feira, pois na terça os interessados já terão de depositar as garantias para poder participar", afirma o presidente da Copel, Raul Munhoz Neto. A Assem­­bleia Legislativa do Paraná aprovou em 24 de novembro o Projeto de Lei 316/10, que permite que a estatal participe de consórcios tanto de forma majoritária quanto minoritária. Durante o governo de Roberto Requião, a Copel estava proibida de ser minoritária em novos negócios. Mas, para entrar em vigor, o projeto de lei depende da sanção do próprio governador, que estava em viagem na semana passada.

Apesar de destacar que a Copel pode optar por ir sozinha para o leilão, Munhoz Neto considera que as chances de sucesso aumentam consideravelmente com parcerias. "Não podemos dizer os nomes dos outros grupos que devem compor o consórcio, mas podemos afirmar que se trata de um consórcio muito forte, com chances de vencer. Sabemos que será um leilão disputado", afirma. No mercado, especula-se que a empresa estuda uma parceria com a Desenvix.

A usina que será leiloada vai requerer investimentos estimados pelo mercado entre R$ 4 bilhões e R$ 6 bi­­lhões e faz parte de um complexo de mais de 3 mil MW. Quem ganhar Teles Pires terá vantagem em outras usinas do complexo. O preço teto foi estabelecido em R$ 87 por MWh, considerado bastante atrativo pela companhia de energia. Segundo o presidente da estatal, além de ser um projeto grandioso, Teles Pires também proporcionará ganhos de escala para a empresa, já que em junho a Copel arrematou a construção da usina de Colíder (300 MW), no mesmo rio, que deverá demandar recursos de R$ 1,26 bilhão.

Ainda pairam dúvidas, porém, sobre a realização do leilão por conta da falta de licença ambiental prévia. Hoje é data limite para a apresentação, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A usina de Sinop, que também seria levada a leilão, foi retirada do bloco por problemas na licença ambiental.

A Copel tem caixa para investir, mas, segundo o presidente da companhia, a ideia também é buscar financiamentos para fazer frente à demanda de novos projetos. Para 2011, a estatal já anunciou planos de aplicar R$ 2,06 bilhões, o que representa um aumento de 53% sobre o programado para 2010. A maior fatia vai para geração e transmissão, com R$ 1,02 bilhão, seguida pela área de distribuição (R$ 933,3 milhões) e telecomunicações (R$ 102,4 milhões). O total será usado também para aquisições e nos projetos de empresas controladas. No entanto, a empresa já avisou que talvez não consiga executar o total de investimentos previstos para esse ano. Liminares na Justiça, aumento de custos de materiais, problemas na logística de entrega e as chuvas prejudicaram o andamento dos aportes.

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